Polícia Federal pede transferência de Lula
Pedido feito pela PF após três semanas de manifestações em
frente ao local da prisão, ligações e presença de aliados será decidido em um
processo à parte
A Polícia Federal (PF) pediu a
remoção de Luiz Inácio Lula da Silva de suas dependências, em Curitiba. Na
sexta-feira, 20, foi pedido sob sigilo à juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª
Vara Federal de Curitiba, que o ex-presidente deixe a "cela" especial
preparada para início do cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão no
caso triplex do Guarujá (SP).
Nesta segunda-feira, 23, a juíza
responsável pela execução da pena de Lula determinou que o pedido seja
analisado em um processo à parte. "Autue-se em apartado o
expediente." O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a PF não indicou
para qual unidade prisional Lula deve ser removido.
Em sua terceira semana encarcerado
na PF, para início de cumprimento da pena - após encerramento do processo em
segunda instância -, a defesa do ex-presidente não pediu até aqui o pedido de
remoção para uma unidade prisional próxima do domicílio, um direito previsto na
Lei de Execução Penal.
Nesta segunda-feira, a juíza negou
pedido de 14 pessoas que queriam visitar Lula alegando serem amigos do
ex-presidente. Carolina Lebbos determinou que as visitas ao petista, enquanto
ele estiver na unidade policial, estarão restritas aos familiares, além do
contato regular com os advogados.
Pela regra, Lula tem direito de ver
a família uma vez por semana. O contato com os advogados é diário, durante os
dias úteis da semana. Regras iguais as dos demais detentos que estão na
carceragem da PF, que fica dois andares abaixo do local onde está sua
"cela" especial.
Em mensagens enviadas para aliados,
ao advogado e aos militantes nas últimas semanas, o petista reclama do
isolamento, mas não das condições físicas do cárcere.
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