Por Ingrid Pereira
Foto: Alberto Pizzoli / AFP
No último sábado (12) o ex–ativista italiano Cesare Battisti
foi preso em Santa Cruz de La Sierra na Bolívia onde foi entregue as autoridades
italianas.
O avião que transportou Battisti decolou da Bolívia no
domingo (13) por volta das 19h com destino a Itália.
Nesta segunda-feira (14) as 8h30, no horário de Brasília o
italiano desembarcou no aeroporto de Ciampino, em Roma. Ele desceu do avião
escoltado por policiais e sem algemas. Ele ficará preso em um presídio na
Sardenha.
"Agora
eu sei que vou para a cadeia", afirmou Battisti aos funcionários do
serviço antiterrorismo que o receberam no aeroporto, segundo a imprensa
italiana.
Em solo italiano, Battisti cumprirá pena por quatro
assassinatos cometido nos anos 1970. Ele alega nunca ter matado ninguém e se
diz vítima de perseguição política.
Entenda
os fatos sobre esse caso
Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1993 sob
acusação de ter cometido quatro assassinatos na Itália na década de 70. Viveu
37 anos de fuga quase permanente, com períodos de prisão e lutas
político-judiciais para evitar a Justiça da Itália.
Então ele fugiu da Itália foi para França e depois chegou
ao Brasil em 2004, foi preso no Rio de Janeiro em 2007 e após dois anos recebeu
refúgio do então ministro Tarso Genro.
No mesmo ano a Itália pediu a extradição dele, o STF julgou
o pedido em 2009, mas a Palavra Final só foi dada por o presidente do Brasil,
na época Luiz Inácio Lula da Silva que negou a extradição.
Em 2017, o governo italiano pediu o presidente Michel Temer
que o Brasil revisasse a decisão sobre Battisti.
No final de 2018 a PGR (Procuradoria-Geral da República)
pediu ao STF que priorizasse o julgamento o qual resultaria na extradição do
italiano.
Um mês depois a PGR mandou prender o italiano e abriu
caminho para a extradição mas caberia a Temer a rescisão de extraditar ou não.
Ele autorizou no dia seguinte.
Desde então a polícia federal realizou uma série de
operações para aprender Battisti.
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