Por Ingrid Pereira
A Venezuela enfrenta uma
crise social e política. O presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó,
autoproclamou-se presidente e foi reconhecido como o chefe de Estado
venezuelano por aproximadamente 50 países, dentre esses o Brasil.
O topo das Forças Armadas está
ao lado do presidente Nicolás Maduro. Mas, no último fim de semana, alguns
militares começaram a deixar o país. Sete
militares fugiram para o Brasil e cerca de 60 atravessaram a fronteira com a
Colômbia no fim de semana, segundo Bogotá – que reconhece Guaidó como
presidente da Venezuela.
As deserções ocorreram a
partir de sábado, quando a oposição e países que apoiam Guaidó tentaram fazer
chegar à Venezuela comboios de ajuda humanitária por meio das fronteiras com a
Colômbia e o Brasil. Maduro considera a ajuda humanitária parte de uma
tentativa de golpe para derrubá-lo, e determinou o fechamento das duas
fronteiras.
Em entrevista a jornalistas,
os desertores pediram aos companheiros de farda que deixassem de apoiar o
regime de Nicolás Maduro. "Que se coloquem do lado do povo, porque o povo
está passando fome", disse o sargento Carlos Eduardo Zapata, no domingo.
Perguntados sobre qual ordem
recebiam para lidar com manifestantes, o sargento Jorge Luis Gonzales Romero
respondeu: "Ninguém cruza a fronteira, nem veículo". Se alguém
tentasse cruzar, segundo ele, a orientação era "chamar a atenção e
retirá-lo dali".
Questionados, os três não
souberam dizer se outros militares desertaram para o território brasileiro.
"Há outros que querem
sair. Não é fácil. Tem que ter coragem", acrescentou o sargento Cesar
Parra.
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