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Foto: Reprodução
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM –
RJ), e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, estavam juntos na
residência oficial da Câmara dos Deputados no momento em que o ex-presidente
Michel Temer (MDB) e o ex-ministro Moreira Franco (MDB), sogro de Maia, foram
presos.
O ministro saiu da casa de Maia às 10h40. O encontro
entre os dois não estava previsto na agenda do presidente da Câmara e nem de
Gilmar Mendes. Temer recebeu voz de prisão em São Paulo por investigadores da
Operação Lava Jato, quando saía de sua residência logo no início da manhã, na
Rua Bennet, no Jardim Universidade, zona oeste da capital paulista - antes de
Mendes sair da casa de Maia.
Já quando Moreira foi preso, o ministro já havia deixado
a residência oficial. Moreira Franco estava em uma via expressa do Rio logo
após chegar no aeroporto do Galeão quando foi abordado pela Polícia Federal.
Ele estava em Brasília, onde ontem participou de uma reunião do MDB.
A ordem das prisões é do juiz federal Marcelo Bretas, da
7ª Vara Federal do Rio, que já foi alvo de críticas de Gilmar Mendes. Na
decisão em que autorizou a prisão do ex-presidente, Bretas argumenta que o caso
não tem relação com a operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio que prendeu
o ex-governador Sérgio Cabral, e sustenta não ver relação dos fatos com crimes
eleitorais.
Os dois argumentos, caso considerados pelas cortes
superiores, podem evitar que recursos apresentados pelo ex-presidente sejam
analisados pelo ministro do Supremo ou que a investigação seja direcionada pela
Justiça Eleitoral. Mendes é o relator no STF de todos os casos conexos com a
Calicute. "Apenas para evitar confusões a respeito da competência para
eventual impugnação desta decisão, repito que estes autos guardam relação de
conexão e continência com a ação penal derivada da denominada operação
Radioatividade e seus vários desdobramentos", afirma Bretas.
Também foi decretada a prisão preventiva de João Batista
Filho, o coronel Lima, amigo do ex-presidente, e da mulher dele, Maria Rita
Fratezi; seu sócio, Carlos Alberto Costa; e o ex-presidente da Eletronuclear
Othon Luiz Pinheiro. Há decretos de prisão contra Carlos Alberto Costa Filho,
Vanderlei de Natale, Ana Cristina Toniolo, e Carlos Alberto Montenegro Gallo.
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