Conteúdo: G1
Fachada da Santa Casa de
Mogi Mirim (SP) — Foto: André Natale/EPTV
O prefeito de Mogi Mirim
(SP) Carlos Nelson Bueno (PSDB), em reunião com Milton Braz Bonatti, provedor
da Santa Casa da cidade, na tarde desta terça-feira (19) entregou uma proposta
de arrendamento da Irmandade após a suspensão dos atendimentos da UTI neonatal
e da Ortopedia.
A Prefeitura possui um
convênio de prestação de serviços com a instituição e não foi informada sobre a
suspensão dos serviços, que aconteceu após o pedido de demissão de médicos e
estado de greve de funcionários, que começou nesta terça.
"A Santa Casa recebeu
nos últimos dias, a partir do início do mês, R$ 2,2 milhões, que é o
compromisso mensal da Prefeitura para quitar os convênios por antecipação.
Então, a Prefeitura tem todos esses serviços comprados do hospital. Pagos. A
Santa Casa não pode fazer o que está fazendo. Ela sequer avisou a Prefeitura
que ia fechar suas portas", explicou o Bueno.
A Prefeitura fez uma
proposta de arrendamento do hospital em que assume o financiamento feito pela
Santa Casa no valor de R$500 mil por mês e se compromete com mais R$200 mil
para pagamento das dívidas trabalhistas. A Irmandade ficou de dar uma resposta
até o dia 27.
"Uma vez constatada a
inviabilidade do hospital funcionar, eu entendo que seria obrigação, e é
obrigação do hospital, dar essa resposta rápida para que a Prefeitura possa
substituir o papel que ela cumpre na cidade".
Anúncio da suspensão
temporária dos serviços na UTI Neonatal da Santa Casa de Mogi Mirim — Foto:
Reprodução
O que diz a Irmandade
De acordo com o provedor da
instituição, Milton Braz Bonatti, os repasses da Prefeitura sofreram atraso por
conta de uma divergência na prestação de contas, o que causou uma diferença de
R$100 mil. Ele garantiu que o pagamento dos médicos e funcionários foi
realizado, mas atrasou por conta do carnaval.
Bonatti disse também que a
Santa Casa deve dar uma resposta à Prefeitura nesta quarta (20).
A Prefeitura informou que,
apesar do atraso, realizou todos os pagamentos.
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