Elza Fiúza/Arquivo/Agência
Brasil
Uma campanha lançada, hoje
(17), pelo Ministério da Saúde, busca ampliar em 15% as doações de leite
materno no país. Com o slogan “Doe leite materno, alimente a vida”, a campanha
envolve anúncios em veículos de imprensa neste mês de maio, para sensibilizar
gestantes e lactantes para a importância da doação.
O leite doado é estocado em
uma rede de bancos de leite, e é usado principalmente para alimentar crianças
que nascem prematuras ou com baixo peso e que não podem ser amamentados pelas
próprias mães.
Segundo o Ministério da
Saúde, qualquer quantidade de leite pode ajudar esses bebês. Um mililitro, por
exemplo, pode ser suficiente para uma refeição, dependendo do peso da criança.
A quantidade de leite coletado
por esses bancos, no entanto, supre apenas 55% da demanda real. A campanha
busca conscientizar as mães a doarem não apenas em períodos de campanha, mas o
ano todo.
“A gente tem uma correlação
direta entre aleitamento materno e redução de mortalidade infantil. No caso dos
prematuros, isso ainda é mais dramático. Nós temos muitas mães que, pela
prematuridade, estão na UTI e há uma ruptura desse vínculo [entre mãe e filho].
Esse bebê tem, como arma principal de prevenção, o leite materno”, disse o
ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
Segundo ele, o Brasil é uma
referência mundial na manipulação de leite materno, com uma série de países que
adotam tecnologia brasileira de coleta, pasteurização e entrega do alimento.
A atriz Maria Paula,
embaixadora da campanha, resolveu doar leite há dez anos, quando seu filho,
Felipe, nasceu. Até hoje mantém vínculo com a menina que recebeu suas doações,
e que ela carinhosamente chama de Juju.
“Com isso, a gente salva
vidas. O amor é a maior forma de transformar esse país e esse mundo que a gente
vive. Quando você doa leite humano, você está doando amor. A Juju é irmã de
leite do meu filho. Ela recebeu o leite quando eu estava amamentando meu
filho”, disse a atriz.
Segundo o coordenador da
Rede Global de Bancos de Leite Humano da Fundação Oswaldo Cruz, João Aprígio de
Almeida, além de conscientizar a população é preciso criar uma rede de suporte
para as mulheres que queiram doar.
“É pedir demais uma mãe que
está amamentando, com um filho pequeno, que ela se desloque [até um ponto de
captação de leite]. É preciso criar estruturas sociais de amparo a essa mulher
para poder viabilizar essa doação. Precisamos de investimento para fazer com
que nosso sistema de coleta domiciliar seja ampliado”, disse João Aprígio.
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