A força-tarefa da Lava Jato
no Ministério Público Federal no Paraná (MPF) divulgou uma nota na noite de
ontem, 09, após a divulgação de conversas vazadas entre procuradores da
operação e também do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio
Moro.
“A força-tarefa da Lava Jato
no Ministério Público Federal no Paraná (MPF) vem a público informar que seus
membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais
graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança
de seus integrantes.
A ação vil do hacker invadiu
telefones e aplicativos de procuradores da Lava Jato usados para comunicação
privada e no interesse do trabalho, tendo havido ainda a subtração de
identidade de alguns de seus integrantes”
Em seguida a nota afirma que
a atividade exercida pela operação foi com “pleno respeito à legalidade”. “Há a
tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade
desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial, em
mais de cinco anos de Operação.”
Eles ainda apontam três
preocupações: (1) a operação, segundo eles, sempre foi alvo daqueles
interessados na manutenção da corrupção. E a violação “das comunicações de
autoridades constituídas é uma grave e ilícita afronta ao Estado”; (2) a
deturpação dos fatos e conversas decorrentes do vazamento, entretanto, afirmam
que “os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal,
à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e
profissionais”; e (3) “Vários dos integrantes da força-tarefa de procuradores
são amigos próximos e, nesse ambiente, são comuns desabafos e brincadeiras.
Muitas conversas, sem o devido contexto, podem dar margem para interpretações
equivocadas.”
A nota ainda critica o
vazamento das informações sem qualquer pedido de esclarecimento prévio.
“Contudo, nenhum pedido de esclarecimento ocorreu antes das publicações, o que
surpreende e contraria as melhores práticas jornalísticas. Esclarecimentos
posteriores, evidentemente, podem não ser vistos pelo mesmo público que leu as
matérias originais, o que também fere um critério de justiça. Além disso, é
digno de nota o viés tendencioso do conteúdo até o momento divulgado, o que é
um indicativo que pode confirmar o objetivo original do hacker de,
efetivamente, atacar a operação Lava Jato”, diz.
Artigo escrito por Pedro
Tomasia para o blog ‘MblNews’.
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