A Justiça de São Paulo
liberou os três adolescentes acusados de ameaçar uma professora e vandalizar
uma sala de aula da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba.
Os alunos estavam apreendidos na Fundação Casa desde o dia 5 de junho.
De acordo com o delegado
Marcelo Prado, do 1° Distrito Policial de Carapicuíba, o juiz ainda não
divulgou qual medida socioeducativa será aplicada aos adolescentes.
Como foi o caso
Ao todo, 10 estudantes
protagonizaram cenas de violência dentro da escola de Carapicuíba. Três foram
encaminhados para a Fundação Casa e os outros sete alunos, liberados e
entregues aos pais. A decisão foi tomada pela Vara da Infância e da Juventude,
de Carapicuíba.
Um vídeo mostrou a situação
de caos e violência que se tornou a escola. No dia 27 de maio, durante o
recreio, dezenas de alunos estavam no pátio do colégio, quando aconteceu uma
briga entre estudantes.
A diretora do colégio, que
muitas vezes faz o papel de inspetora de alunos, já que a função está vaga por
falta de profissional, tentou interceder.
As imagens, do vídeo feito
pelo por um aluno, mostram uma grande confusão no pátio da escola e a diretora
Clevanir Rocha Tolusso sendo puxada por aluno.
A mulher é empurrada, passa
por um portão de ferro atracada ao aluno, enquanto um outro estudante tenta
livrar a diretora do agressor.
Um garoto consegue agarrar o
estudante que tentava bater na diretora e o puxa para trás. O agressor não
desiste e tenta novamente agredir a diretora, mas é imobilizado pelo outro
estudante.
As imagens mostram a
diretora saindo cambaleante, e, em uma das mãos, segurando o óculos que foi
destruído durante a agressão.
A agressão à diretora Clevanir
Rocha Tolusso aconteceu 3 dias antes das cenas de barbárie na mesma escola,
quando alunos - dentro da sala de aula - jogaram cadernos, arremessaram
carteiras e bancos escolares, além de hostilizarem a professora.
Nos meses de março e abril
deste ano, 38 professores e funcionários enviaram um abaixo assinado e um
relatório para a Diretoria Regional de Ensino de Carapicuíba e um relatório
para a Secretaria Estadual de Educação.
Nos dois documentos, os
docentes destacavam que a falta de funcionários, como inspetores e auxiliares
de limpeza, estavam trazendo um clima de deteriorização do espaço escolar.
Não só o desenvolvimento
pedagógico estava prejudicado, mas a falta de estrutura de pessoal, estava
comprometendo a própria segurança dos alunos.
Conteúdo: Portal R7
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