Golpista ainda tentou dar
lição de moral, dizendo que ela deveria aprender a dizer ‘não’. Após o
depósito, médica descobriu que a conta da suposta amiga que pediu dinheiro
havia sido clonada.
Uma médica de 38 anos,
moradora de Santos, no litoral de São Paulo, caiu em um golpe aplicado pelo
Whatsapp. Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (7), Marcela Voris explica que
recebeu uma mensagem que supostamente seria de uma amiga pedindo dinheiro. Ela
transferiu R$ 1.500 e horas depois descobriu que a conta da amiga havia sido
clonada.
Marcela foi apenas uma entre
os mais de 20 contatos que receberam mensagens de alguém que se passava pela
médica Juliana Ribeiro Stivaletti, de 43 anos, na semana passada. Ela só
percebeu que o aplicativo tinha sido clonado após algumas horas.
Juliana afirma que entrou em
contato com o suporte do Whatsapp imediatamente e começou a divulgar em suas
próprias redes sociais que havia sido clonada. Mas, quando Marcela viu a
mensagem, já era tarde. A transferência de R$ 1.500 para uma agência bancária
de Fortaleza, no Ceará, já tinha sido efetuada.
"Ele [golpista] veio
com essa história de que precisava de uma ajuda. Falou que precisava fazer um
depósito para alguém, no valor de R$ 3 mil. Depois disse que já tinha
conseguido R$ 1.500", conta Marcela.
Ela lembra que em nenhum
momento recebeu mensagem de áudio, apenas texto. No mesmo dia, à noite, o
golpista continuou se passando por Juliana e agradeceu a transferência. Ela
contou que já sabia que tinha sido enganada e o golpista ainda tentou lhe dar
uma lição de moral.
"Ele [golpista] disse:
'Parabéns, você é uma ótima amiga. Me perdoe, mas você tem que aprender a dizer
não'. E eu respondi que 'sim, fica a lição'".
Até o último domingo (2),
Juliana continuava recebendo mensagens de amigos afirmando que alguém tinha
entrado em contato se passando por ela. Dessa vez, de um número diferente,
porém, com a foto dela.
O Boletim de Ocorrência por
estelionato foi registrado no 7º Distrito Policial de Santos. O caso segue sob
investigação da Polícia Civil. Informações que possam ajudar na investigação
podem ser comunicadas à Polícia Militar pelo 190 ou por meio do Disque Denúncia
181. Não é preciso se identificar.
Conteúdo: G1
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