Ursa que ficou conhecida como ‘mais triste do mundo’ morre em santuário de animais em SP

Rowena morreu por uma convulsão decorrente de complicações de um tumor.

Morreu a ursa mais triste do mundo, Marsha,36, rebatizada Rowena há 10 meses, quando foi transferida para o Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos, em Joanópolis, SP. 

Rowena morreu por conta de um tumor grave no ovário, que ocasionou problemas em seu cerebelo. Na manhã de quarta-feira (24) ela teve uma convulsão e não resistiu.

O comunicado da morte de Rowena foi feito pelos cuidadores do Santuário, através das redes sociais.

Seu corpo foi levado para a Faculdade de Veterinária da USP, onde foi realizada a necrópsia (autópsia feita em animais) e descoberta o tumor.

Depois de ser trazida para o Brasil, provavelmente da Rússia, há 36 anos atrás, Marsha trabalhou em circos por aproximadamente duas décadas. Tempos depois, foi exibida no zoológico de Teresina, no Piauí, por sete anos. Nesse período, sofreu com as temperaturas locais e chegou a pesar 100 kg, metade do seu peso normal.

Em 2018, foi feito uma mobilização pela internet que contou com a assinatura de 238 mil pessoas, pedindo sua mudança do Piauí para a serra da Mantiqueira, em São Paulo. Foi quando recebeu o apelido de ursa mais triste do mundo.

Ainda em 2018, ela foi resgatada de avião pela FAB (Força Aérea Brasileira), numa operação capitaneada por Carolina Mourão, presidente da Confederação Brasileira de Proteção Animal.

Em Joanópolis, Marsha ganhou o novo nome, que significa recomeço, e passou a viver em um recinto com tanque e queda d’água, construído especialmente para ela pelo Instituto Luisa Mell. Recuperou o peso e comia cerca de 10 kg de frutas, vegetais e carne por dia no santuário. Seu vegetal preferido era a beterraba.