Na saída, junto com a filha,
a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS) e o advogado Vanildo José Júnior,
o ex-governador atribuiu a sua prisão, em decisão de primeira instância, ao
clima político de Campos, no norte fluminense, sua base eleitoral. Garotinho
afirmou que não se enriqueceu com a política e negou o recebimento de propinas
conforme a denúncia do MPRJ. “Se eu tivesse recebido propina não estava morando
de aluguel no bairro do Flamengo”, afirmou.
Também na saída, Clarissa
informou que seguiria com o pai para o presídio de Bangu, na zona oeste do Rio,
onde sua mãe Rosinha Matheus estava presa.
A Operação Secretum Domus,
foi deflagrada no Rio de Janeiro e em Campos dos Goytacazes, pelo MPRJ, por
meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ),
com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Conforme a denúncia as
propinas da empresa Odebrecht foram obtidas em resultado do superfaturamento de
R$ 62 milhões nos contratos, que somaram quase R$ 1 bilhão para a construção de
casas populares nos programas Morar Feliz I e Morar Feliz II, durante os
mandatos de Rosinha, de 2009 a 2016, na Prefeitura de Campos, no norte
fluminense. De acordo com o ex-governador, as cinco mil casas do Programa Morar
Feliz I foram construídas, entregues e pagas, mas quando o Morar Feliz II
começou a crise com a queda do preço do petróleo e somente foram construídas
2700 moradias.
“Vamos em frente. Tenho
minhas mãos limpas, minha consciência, a Rosinha também”, completou.
O ex-governador argumentou,
que foi autor de denúncias no Ministério Público contra o também ex-governador
Sérgio Cabral, incluindo pessoas de outras esferas, que, por isso, não estão
satisfeitas com ele. “Espero que a Justiça julgue fatos e não fique julgando
pessoas. Não podemos ter uma justiça nem partidária e nem personalista”.
Segundo a Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária (SEAP), Rosinha Matheus, Sérgio dos
Santos Barcelos, Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade
Quintanilha, ainda estão no sistema prisional do estado.
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