Condições naturais atípicas
proporcionaram a boa notícia, que não necessariamente aponta para um futuro
otimista.
Conteúdo: ‘Veja’
Na segunda-feira, 21, a NASA
divulgou um recorde que pode parecer surpreendente: o buraco na camada de
ozônio atingiu sua menor extensão máxima já registrada. O rombo, antigo
conhecido dos cientistas, é altamente prejudicial à vida na Terra, pois permite
que, entre outras coisas, raios solares nocivos entrem de forma direta no nosso
planeta, afetando ecossistemas. Por isso, a situação da atmosfera vem sendo
monitorada desde 1982.
Apesar da boa notícia, seria
injusto dar os créditos desse avanço à humanidade. Embora em muitos locais do
mundo a conscientização sobre os cuidados com o ambiente tenha crescido, há um
importante fator natural que ocasionou o recorde divulgado na segunda-feira.
Um vórtice polar, tipo de
ciclone persistente, causou uma onda de calor aproximadamente 20 quilômetros
acima da Antártica, resultando em um aumento das temperaturas nessa porção da
atmosfera. Essa mudança ajudou a restringir as condições que culminam na
formação de compostos que destroem a camada de ozônio, assim impactando
positivamente o meio ambiente.
A contração observada no
buraco no ozônio foi significativo: entre setembro e outubro, de 16,4 milhões
para 10 milhões de quilômetros quadrados. Esse tipo de diminuição rápida é
extremamente raro na natureza, especialmente nesta época do ano, quando o rombo
sobre a porção sul da Terra costuma crescer. Eventos parecidos ocorreram apenas
em 1988 e 2002, quando foram observados buracos menores do que o normal na
camada.
De acordo com os cientistas
da NASA responsáveis pelo anúncio, claramente se trata de uma boa notícia,
sobretudo para o hemisfério sul, onde a Antártica está localizada.
Ainda assim,
é importante ter em mente que esse acontecimento é um ponto fora da curva, e
não necessariamente sinaliza uma recuperação rápida do ozônio atmosférico.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...