Cresce para 21% o número de
empresários do varejo e de serviços que planejam aderir à Black Friday.
Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o percentual
médio de desconto na Black Friday 2019 deve girar em torno de 24%, menor do que
os 29% da pesquisa de 2018.
A pesquisa, que ouviu 1.177 empresários de todos os portes
que atuam no comércio e no setor de serviços nas cinco regiões do país, mostra
ainda que 21% dos entrevistados devem aderir ao dia de promoções, que neste ano
será em 29 de novembro. Se as estimativas se confirmarem, haverá um crescimento
de adesões, uma vez que em 2018, 16% dos empresários participaram do evento.
Para 54% dos empresários, a Black Friday não prejudica o
Natal, que é a data mais lucrativa do varejo no ano. Para 33%, o evento até
mesmo contribui para o Natal vender mais. Outros 8% falam em prejuízo no Natal
por conta das vendas antecipadas na Black Friday.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior,
um indicativo de que as vendas da Black Friday não se sobrepõem às do Natal são
as diferentes características de compras em cada uma das datas. “Na Black
Friday é comum o consumidor aproveitar as ofertas para adquirir produtos para
si ou para a casa, principalmente os de valor agregado, como smartphones,
eletrônicos e eletrodomésticos. Já no Natal, prevalece a força da tradição de
presentear familiares e amigos como força de demonstrar afeto e reforçar
laços”, explica.
Considerando os empresários que vão participar da Black
Friday deste ano, seis em cada dez (57%) acreditam que a data representa uma
oportunidade para divulgar a loja e prospectar novos clientes e 43% veem a
chance de aumentar as vendas. Há ainda um quarto (25%) de empresários que
querem desovar estoques parados.
Já para os que optaram em não participar da edição, o
principal argumento é o fato de não acreditar que as vendas aumentem no período
(60%). Outros 17% pensam que somente grandes marcas participam da Black Friday
e, por isso, avaliam que é melhor não competir com elas.
Quanto às formas de preparação, as promoções especiais
(55%) serão a principal estratégia dos empresários. Há ainda 42% que vão
investir na divulgação da empresa, 23% que planejam aumentar os estoques, 16%
que vão apostar na variedade de produtos e serviços ofertados e 11% que irão
investir na operação das vendas pela internet, alcançando um público maior.
A pesquisa aponta ainda que 43% dos empresários
consultados acreditam que, durante o evento, as vendas em 2019 serão melhores
do que as do ano passado, enquanto 32% falam em estabilidade. Apenas 11%
projetam vendas piores.
A experiência em anos anteriores explica a razão do
otimismo desses empresários. Dentre os que aderiram a Black Friday em 2018, a
maioria (63%) obteve bons resultados de vendas, seja por terem vendido acima
das expectativas (20%) ou obtido um resultado conforme o esperado (43%). Em
contrapartida, pouco mais de um terço (34%) dos empresários registrou vendas
abaixo do projetado.
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