Vamberto Luiz de Castro
estava em estado terminal quando foi tratado com a terapia genética conhecida
como CART-Cell. Acidente não teve relação com o câncer, que ele já havia
curado.
Vamberto era funcionário público aposentado de BH e sofria de um linfoma terminal. — Foto: Hugo Caldato/Hemocentro RP
Conteúdo: G1 Minas
O homem que foi curado de um
câncer em estado terminal com um tratamento inédito na América Latina morreu
neste mês em Belo Horizonte após um acidente. De acordo com a Polícia Civil, o
corpo de Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos, deu entrada no Instituto Médico
Legal em 11 de dezembro e saiu no mesmo dia.
O acidente provocou um
traumatismo craniano grave em Vamberto, que não resistiu. Os parentes do homem
não quiseram se manifestar.
De acordo com amigos da
família, a missa de sétimo dia de Vamberto foi na terça-feira (17). O enterro
foi no Cemitério Parque Renascer, em Contagem, na Grande BH.
Vamberto estava em fase
terminal de um linfoma – um tipo de câncer - muito agressivo nos ossos quando
procurou o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para tentar um tratamento
ainda experimental no Brasil, inédito na América Latina, com uma equipe da
Universidade de São Paulo (USP).
Ele teve alta em outubro
após apresentar uma melhora considerada cura, com a terapia genética descoberta
no exterior e conhecida como CART-CeII.
Antes de se submeter ao
tratamento inédito custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Vamberto tomava
doses máximas de morfina diariamente e não conseguia mais andar. O tumor havia
se espalhado pelos ossos. No início de setembro, o corpo do paciente estava
tomado por tumores. Já após o tratamento, a maioria deles já havia
desaparecido. E os que restavam, segundo os médicos, sinalizavam a evolução da
terapia
Em entrevista ao portal G1
em outubro, Vamberto afirmou: “hoje, o que eu quero, de verdade, é que aconteça
para todas as pessoas que passam por isso o que aconteceu com a gente. A gente
vai ter que fazer alguma coisa para buscar o apoio. Este benefício tem que atingir
um número bem maior de pessoas”, disse.
No EUA, os tratamentos
comerciais já receberam aprovação e podem custar mais de US$ 475 mil.
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