Primeiro caso do Brasil foi confirmado nesta quarta-feira
(26); centro atuará na Secretaria de Estado da Saúde e conduzirá as medidas de
enfrentamento ao COVID-19
O Governador João Doria decidiu criar um centro de
contingência do Estado para monitorar e coordenar ações contra a propagação do
novo coronavírus em São Paulo. A decisão ocorreu após a confirmação do primeiro
caso do país, na capital paulista. Para presidir o centro, Doria convidou o
infectologista David Uip.
O centro também contará com profissionais do Instituto
Butantan, médicos especialistas das redes pública e privada, sob a supervisão
do Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.
O primeiro caso de COVID-19 foi diagnosticado na terça-feira
(25), em um paciente do Hospital Israelita Albert Einstein. Seguindo o fluxo
oficial definido pelo Ministério da Saúde, o exame foi enviado para contraprova
no Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional para análise de
amostras casos suspeitos.
“Infelizmente, foi confirmada em São Paulo a infecção de um
brasileiro, que estava na Itália, por coronavírus. Por isso, estamos criando
este centro e de contingência e, a partir daí, anunciaremos as medidas a serem
adotadas”, disse Doria.
O homem está em isolamento domiciliar, estável. Reside na
Capital e esteve, em fevereiro, na Itália. Apresentou sintomas suspeitos, como
tosse e febre, compatíveis com a suspeita de COVID-19. Atualmente, também há 11
casos suspeitos em SP.
Além da Itália, Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do
Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia,
Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos estão na lista de locais de
origem ou transição definida pelo Ministério da Saúde nesta semana. A mudança
levou em conta o aumento de casos registrados fora do território chinês. As
orientações foram replicadas pelo Governo de São Paulo para todas as regiões do
Estado.
“É imprescindível que, ao apresentar os sintomas, as pessoas
procurem um serviço de saúde mais próximo, como fez este paciente”, afirmou o
Secretário Germann.
Além dos sintomas como febre, dificuldade para respirar,
tosse ou coriza é preciso observar outros aspectos epidemiológicos, como
histórico de viagem em área com circulação do vírus ou mesmo contato próximo a
algum caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para COVID-19.
“A prevenção é o mais importante para doenças respiratórias,
pois vírus não respeita fronteira”, destacou o infectologista David Uip.
As Secretarias de Saúde do Estado e de Prefeitura de São
Paulo estão monitorando as pessoas que tiveram contato com o paciente. Todas as
ações e medidas seguem protocolos do Ministério da Saúde e da Organização
Mundial de Saúde. O site www.saude.gov.br/coronavirus está concentrando as
informações atualizadas sobre o tema.