O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta
segunda-feira (23), em entrevista coletiva, que o Brasil vai começar a produzir
de 300 a 400 respiradores por semana para serem usados pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) no enfrentamento ao Covid-19.
Bolsonaro, que também participou da coletiva, se limitou a
comemorar o pacote de ajuda de R$ 85,8 bi à Estados e municípios, que vai
incluir acesso a novos empréstimos, suspensão de dívidas e transferências
adicionais de recursos.
“Sabemos que temos um inimigo em comum, o vírus. Bem como,
também sabemos que o efeito colateral que pode ser o desemprego pode ser
combatido. Partindo dessa premissa, foram duas reuniões excepcionais onde
anunciamos respostas às cartas dos governadores e de associações
representativas”, disse.
O presidente afirmou que os governadores se mostraram
“bastante satisfeitos” com as respostas do governo e que amanhã irá se reunir
com representantes do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ele também fez um apelo à
Câmara dos Deputados para que olhem para as propostas do governo que tramitam
na Casa. “Todos nós devemos sair fortalecidos e com sensação de dever cumprido
ao final dessa batalha”, completou.
O Ministério da Saúde anunciou hoje que o Brasil tem 34
mortes devido ao novo coronavírus e 1.891 casos confirmados da doença.
Medidas
Mandetta pediu “calma” na hora de decidir parar serviços
essenciais nas cidades. Segundo ele, alguns países “suspenderam tanto que
ficaram sem atividades básicas”.
“Vamos gradativamente medindo o impacto destas ações, temos
que ter bom senso, para atravessar isso com menos possibilidade de impactar o
dia a dia das pessoas. Estamos monitorando São Paulo, que tem o maior número de
casos, e testando um medicamento incipiente“, afirmou.
Já o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, lembrou que é
importante que os Centros de Assistência Social (CRAS) não fechem durante a
pandemia. Além disso, falou que vai anunciar em breve um programa de auxílio
proteico para garantir a boa alimentação de idosos carentes.