Mais de 436 milhões de empresas podem fechar por pandemia, alertou OIT (Organização Internacional do Trabalho)
Fonte: Jovem
Pan
Organização
Internacional do Trabalho (OIT) alertou nesta quarta-feira (29) que mais de 436
milhões de empresas em todo o planeta correm um sério risco de interromper as
atividades devido à crise gerada pela pandemia de coronavírus.
Segundo o
terceiro relatório sobre os efeitos da pandemia no mercado de trabalho, a OIT
calcula que 232 milhões de empresas de atacado e varejo, 111 milhões da
indústria manufatureira, 51 milhões de hotelaria e 42 milhões em outras atividades
estão em sério perigo.
“Milhões de
empresas ao redor do mundo estão à beira do colapso, sem economias e sem acesso
ao crédito. Esta é a verdadeira face do mundo do trabalho. Se não forem
ajudadas agora, simplesmente perecerão”, alertou em comunicado o diretor-geral
da OIT, Guy Ryder.
A
organização pede para que as medidas tomadas em cada país para retomar a
economia sejam baseadas em um alto nível de criação de empregos e apoiadas “por
políticas e instituições trabalhistas mais fortes e sistemas de proteção social
mais abrangentes e com melhores recursos”.
A OIT também
aconselha uma maior coordenação internacional dos pacotes de medidas de
estímulo e iniciativas para aliviar a incerteza, de modo que a “recuperação
seja eficaz e sustentável”.
No relatório,
a organização prevê que no segundo semestre, devido aos confinamentos e outras
medidas para frear o contágio, deverá ser perdido 10,5% das horas de trabalho
no planeta, o equivalente a 305 milhões de empregos em tempo integral (no
início deste mês, a previsão era de 195 milhões).
Por regiões,
a OIT calcula que a América será a mais prejudicada, com uma perda de 12,4% das
horas de trabalho, seguida pela Europa, com 11,8%, enquanto as demais
superariam 9%.
A crise tem
especial impacto negativo na economia informal, da qual vive mais da metade dos
trabalhadores do mundo (2 bilhões dos 3,3 bilhões), motivo pelo qual a OIT
estima que 1,3 bilhão de trabalhadores “correm o risco iminente de perder as
fontes de sustento”.
No primeiro
mês de medidas de isolamento social, a OIT calcula que esses trabalhadores
informais perderam 60% da renda, porcentagem que foi ainda maior na África e na
América (81%) e na Europa e na Ásia Central (70%).
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