Nas próximas três semanas, doses da vacina desenvolvida pela
Universidade de Oxford, no Reino Unido, serão aplicadas em voluntários nos
estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo, duas mil pessoas serão
submetidas ao teste, que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). Parte da imunização já chegou ao país e aguarda o início
dos estudos armazenada em temperaturas negativas.
O Brasil é o primeiro país, fora do Reino Unido, a iniciar
testes para comprovar a eficácia da vacina. Em São Paulo, os experimentos serão
conduzidos pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Já no Rio de Janeiro, os testes
ficarão a cargo do Instituto D`Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), e a Rede D`Or
São Luiz cobrirá os custos da pesquisa.
A Unifesp e a IDOR afirmaram, por meio de nota, que os
voluntários selecionados serão profissionais da saúde que atuam na linha de
frente no combate ao coronavírus, uma vez que eles estão mais expostos à
contaminação. Além disso, os escolhidos precisam ser soronegativo, isto é,
pessoas que não tenham contraído a doença anteriormente.
Para a doutora Lily Yin Weck, coordenadora do CRIE/Unifesp e
investigadora principal do estudo, "o mais importante é realizar essa
etapa do estudo agora, quando a curva epidemiológica ainda é ascendente e os
resultados poderão ser mais assertivos."
Com Informações: SBT