Uma festa clandestina foi encerrada por uma força-tarefa conjunta entre a Polícia Civil, Polícia Militar e a Prefeitura de Bertioga, no litoral paulista. Conforme informações divulgadas ao G1 nesta segunda-feira (3), mães de jovens que compareceriam ao evento fizeram a denúncia. O convite custava R$5 e foram apreendidas bebidas e narguilé no local em meio à pandemia da Covid-19.
De acordo com a Polícia Civil, a festa, que passou a ser chamada por moradores do bairro de 'Open Covid' por conta do risco de contaminação, ocorreria em Guaratuba, entre a noite de sexta-feira (31) e a madrugada de sábado (1º). Mães de jovens que participariam do evento, preocupadas com a situação, entraram em contato com a polícia para relatar o ocorrido e pedir ajuda.
Segundo o delegado titular da cidade, José Aparecido Cardia, após o grande número de denúncias recebidas, a Prefeitura de Bertioga estruturou, junto com as polícias civis e militar, uma força-tarefa para coibir o evento.
"Essas pessoas não respeitam a lei, ignoram o perigo do contágio da Covid-19. Eles tinham vários narguilés à disposição dos frequentadores, um absurdo, nenhum tipo de higiene, de assepsia. Desrespeitaram todos os protocolos de higiene. Vieram pessoas de São Paulo, de Mogi das Cruzes. Mas devido a nossa interferência juntamente com a prefeitura e PM, evitamos coisa pior", diz Cardia.
Ao chegar no local, o delegado afirma que haviam cerca de 40 pessoas e que foi apreendida grande quantidade de bebida alcoólica e narguilés. Além disso, o espaço não tinha banheiro, ou nenhuma estrutura para receber o grande número de pessoas que previa.
O delegado destaca que a aglomeração vai contra a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) com relação a prevenção ao novo coronavírus e explica que a responsável pela organização da festa não tinha alvará para funcionamento do evento, sendo autuada. "A diligência iniciou-se às 23h do dia 31 e encerrou apenas às 3h do dia 1º. Tudo era clandestino, sem nenhuma legalidade", conta o delegado.
"Estamos percebendo que está havendo um descaso das pessoas com essa onda que está havendo de mortes. É um absurdo, precisa ser combatido, e deve haver mais conscientização e cidadania. As pessoas não tem a menor noção do sofrimento que vai ser para uma família que vai ser ter alguém lá infectado e transmitir o vírus para um idoso ou outro familiar. A situação do local era uma coisa horrível de se ver. Ficamos indignados em ter que agir dessa maneira", finaliza Cardia.
*Com informações de G1.