Pai envia droga sintética escondida em chinelo para filho preso em Centro de Progressão Penitenciária
Agentes de segurança do Centro de Progressão Penitenciária (CPP-II) de Bauru (SP) apreenderam na segunda-feira (17) um total de 108 micropontos de droga sintética conhecida como “K4”, uma espécie de maconha produzida em laboratório e que é 100 vezes mais forte que a comum.
O entorpecente estava escondido dentro do solado de borracha de um par de chinelos enviado pelo próprio pai do preso. O envio foi feito pelo serviço de Sedex dos Correios, juntamente com outras encomendas, como alimentos e produtos de higiene.
Localizados em pequenos pedaços de papel nos quais a droga é borrifada, os micropontos do K4 foram flagrados durante uma inspeção de rotina realizada nos objetos encaminhados pelos Correios aos presidiários.
O CPP de Bauru registrou boletim de ocorrência para investigação da Polícia Civil. Também foi instaurado procedimento disciplinar para apurar a cumplicidade do detento que receberia a droga.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), na última quinta-feira (13) o mesmo CPP II de Bauru já havia registrado apreensões semelhante de droga sintética.
Em duas ocorrências distintas, mães de detentos enviaram, também por Sedex e igualmente em chinelos, 136 micropontos de K4 e 180 de LSD.
No mês passado, outro presídio do centro-oeste paulista foi palco de tentativa semelhante quando agentes da penitenciária de Álvaro de Carvalho (SP) apreenderam 18 micropontos de K4 escondidos dentro de uma esponja de lavar louças que seria entregue para um dos presos.
Droga reconhecida
O envio do K4 ao presídio de Bauru aconteceu apenas três depois de a Polícia Científica anunciar na última sexta-feira (14) o início da emissão de laudos para confirmar o tráfico de drogas sintéticas, dentre elas o K4, no estado de São Paulo.
Até então, mesmo se a droga fosse apreendida, ninguém poderia ser preso porque os laboratórios das polícias do país não tinham como comprovar cientificamente que o K4 é entorpecente. Agora a Justiça pode processar quem vende e distribui esse tipo de droga, por causa da possibilidade de realizar esses novos testes.
Desde o ano passado, a polícia vem registrando uma grande quantidade apreensões desse tipo de droga na entrada dos presídios paulistas. Até março de 2020 foram registradas 483 apreensões de k4. No ano passado todo, foram 1.821 apreensões da droga.
*Com informações de G1.
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