O mel é um alimento completo, rico em nutrientes importantes para o organismo, como vitamina C, B1, B2 e B3, cálcio e potássio, além de ter efeitos antimicrobiano, regenerativo e estimulante. Sintetizado no organismo das abelhas a partir do néctar das flores e depositado na colmeia dentro de espaços hexagonais (favos), o mel é resultado do substrato que perde grande parte da água, forma um gel e vira uma substância muito doce, com 80% de açúcar, seu sabor característico.
O alimento também tem destaque no agro paulista. Em 2019, o mel ocupou a 47ª posição no ranking do Valor da Produção Agropecuária, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, com produção de 4.534 toneladas (9,12% superior ao obtido no ano anterior). O valor exportado foi de U$ 10 milhões no estado, cerca de 15% do total negociado pelo Brasil.
De acordo com o Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, ligado à Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), da Secretaria, nem todas as flores produzem néctar suficiente e indicado para produção de mel, e ainda dependendo do tipo de flor, o mel resultante difere em cor – mais claro (flor de laranjeira) e mais escuro (flor de eucalipto) – e viscosidade. Os tipos mais comuns de mel são de Eucalipto, de Laranja, de Assa-peixe e Silvestre.
Além do mel, existe também o extrato de própolis, nome genérico utilizado para denominar um material resinoso coletado pelas abelhas de várias fontes. O nome própolis é derivado do grego pro, em defesa de, e polis, cidade, o que quer dizer: “em defesa da cidade ou da colmeia”. As abelhas, de fato, usam esta substância para protegê-las contra insetos e microrganismos, empregando-a no reparo de frestas ou danos à colmeia, no preparo de locais assépticos para a postura de ovos e na mumificação de insetos invasores.
Propriedades
O própolis possui uma composição complexa, formada por material gomoso e balsâmico, coletado pelas abelhas de brotos, exsudatos de árvores e de outras partes do tecido vegetal e modificado na colmeia por adição de secreções salivares e cera. No Brasil, ainda não há muitos estudos sobre o própolis, mas é amplamente difundido na medicina popular, desde 300 a.C., devido suas propriedades bactericidas.
De acordo com a nutricionista do Cesans, Sizele Rodrigues, outras propriedades deste alimento têm importância para a saúde, como a função prebiótica. “Prebióticos são conhecidos como produtos que contêm microrganismos vivos que melhoram as funções da microbiota intestinal, ou seja, componentes que modificam o balanço da flora microbiana intestinal, estimulando o crescimento e a atividade dos organismos benéficos, como as bactérias próbioticas do cólon”, explica.
O crescimento dessas bactérias no trato gastrointestinal é dependente da presença de carboidratos complexos, como os oligossacarídeos. Os oligossacarídeos e carboidratos do mel variam de acordo com a sua origem floral, mas ele favorece o crescimento, atividade e viabilidade de tipos comerciais tipicamente utilizadas na fabricação de produtos lácteos fermentados. Existe um efeito coordenado que maximiza as vantagens na relação entre os carboidratos do mel e a promoção do crescimento e atividade da flora bacteriana, semelhante aos que os oligossacarídeos (FOS, GOS e insulina) promovem.
*Com informações do repórter Beto Ribeiro.
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