O número de linhas pós-pagas superou pela primeira vez o de celulares pré-pagos no Brasil, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Em setembro, a agência registrou 114,7 milhões de celulares pós-pagos, uma vantagem de pouco mais de 1 milhão em relação às linhas pré-pagas, que chegaram a 113,5 milhões.
A mudança de posições era esperada: desde junho de 2015 o acesso pré-pago vem caindo.
Naquele mês, 211,4 milhões dos chips eram pré-pagos, e somente 71 milhões eram pós-pagos.
Segundo a Anatel, três fatores contribuíram para a mudança:
As empresas de telefonia passaram a oferecer chamadas ilimitadas para todas as operadoras, e as pessoas deixaram de ter mais de um chip de cada prestadora;
A crise econômica em 2014 e 2015 fez com que muitas linhas pré-pagas fossem deixadas de lado, principalmente nas classes de baixa renda;
A necessidade de acesso à internet causou a migração para os planos controle (pós-pagos), com clientes em busca de preços melhores para os pacotes de banda larga.
A agência disse ainda que em setembro de 2020, havia, no Brasil, 228,3 milhões de linhas móveis. Isso representa densidade de 94,8 celulares a cada 100 habitantes. Desse total, 200,6 milhões têm acesso à internet por banda larga móvel.
*Com informações do repórter Beto Ribeiro.
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