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De moedinha em moedinha, projeto social já arrecadou R$ 5 milhões



Veja como aqueles centavos que você deixa de troco valem muito. O Projeto Arredondar já arrecadou mais de R$ 5 milhões por meio da doação de moedinhas e com isso tem ajudado mais de 2 milhões de brasileiros necessitados.

“O Arredondar foi fundado em 2011 com a proposta de tornar o ato de doar fácil, seguro, transparente e acessível. Somos a primeira iniciativa de microdoação realizada no Brasil. Nosso modelo é baseado na cooperação coletiva. Através de parceiras no varejo físico e no e-commerce, conseguimos mobilizar milhares de consumidores a doar e transformar o troco em impacto social”, diz o site do projeto.



“O trabalho é muito grande e não faltam obstáculos, porque no Brasil temos o mau costume de falar muito de coisas ruins e não dar visibilidade às coisas boas, importantes, que as ONGs fazem. O brasileiro quer doar, mas não sabe como, então o Arredondar é uma maneira muito fácil, muito segura de fazer isso”, afirma Ari Weinfel, fundador do Instituto Arredondar.

“É impressionante o quanto essa fala do Ari define bem o que vemos pelas cidades que visitamos e o que ouvimos”, afirmam Iara e Eduardo, os Caçadores de Bons Exemplos, que visitaram o projeto em São Paulo.



“Temos um povo com um coração enorme, temos um amor pelo outro e uma empatia gigante com as histórias de vida daqueles que temos acesso, mas muitas vezes não sabemos como ajudar e nem qual é a forma mais ‘certa’ de contribuir. E a verdade é que todos os trabalhos sociais que conhecemos têm, dentro das suas principais missões, serem facilitadores entre quem quer ajudar e quem precisa”, disseram.

O começo

A história do Arredondar começa com a vontade do empresário Ari Wenfel em contribuir mais com o terceiro setor, um segmento que sempre teve muita afinidade. Quando conheceu o livro Financing Future: Innovative Funding Models at Work, de Maritta Koch Weser – uma alemã extremamente conhecedora da área – ele decidiu que era hora aprender tudo sobre isso e passou 15 dias na Holanda e na Alemanha vendo as experiências que haviam por lá.



“Foi lá que descobri o arredondamento dos centavos nos meios de pagamento, o que achei muito interessante para o Brasil, onde não temos a cultura de guardar moedas”, conta Ari.

Em 2010, ele uniu o sonho de se dedicar ao Terceiro Setor com o interesse pelo varejo – área que atuou por décadas – e começou a estudar a possibilidade de viabilizar um projeto que contemplasse as duas coisas.



“Vi que havia a chance de se fazer algo totalmente democrático, com cada um doando um pouquinho, por meio do arredondamento dos centavos para cima”, afirma.

Depois de muito estudar e se munir de informações principalmente sobre os impostos e burocracias, foi desenhado um modelo que pudesse ser apresentado às secretarias da Fazenda dos Estados, de modo a garantir que a ação não teria despesas para os parceiros e que não fosse injusta com os doadores.



Implantação no Brasil

“Eu conhecia o empresário brasileiro o suficiente para saber que, se o varejista tivesse que investir, ou se a fila do caixa parasse por um minuto, ele não iria aderir ao projeto. Então passamos três anos elaborando um manual para que essa iniciativa realmente não custasse nada para o dono da loja, com pareceres da Secretaria da Fazenda, do Confaz, dos advogados, tudo mastigadinho, para o contador do varejista analisar e saber lançar na contabilidade”, relembra Ari.

“Contatamos também várias software houses, e a Linx logo abraçou o projeto, possibilitando que todos tivessem o sistema on-line. Depois vieram outras empresas”, continuou.



Deu certo

Com o uso de treinamentos, jogos e muita criatividade, os parceiros foram acreditando no projeto e agregando na construção de uma cultura sólida e organizada de doação e caridade.

Até 2019, já tinham sido contabilizados mais de 22 milhões em doações, totalizando quase 5 milhões de reais.



Com auditoria

“Há muita gente envolvida, fazendo um trabalho pro bono, como a auditoria da PwC, as empresas de software, a gráfica, os advogados. Para selecionar as organizações que seriam beneficiadas, abrimos um edital e 350 ONGs se inscreveram. Montamos um comitê de pessoas importantes do Terceiro Setor e pedimos que selecionassem 30. Então, relacionamos as organizações com os 8 Objetivos do Milênio da ONU, estabelecidos no ano de 2000. Além disso, elas teriam que ser idôneas, laicas, contratar seus funcionários em regime de CLT, ter outros investidores e mais de três anos de existência”.

“Nosso trabalho é muito sério e, ainda assim, por muitos não é conhecido como um trabalho oficial, ainda nos veem como aqueles que sempre pedem dinheiro, mas seguimos trabalhando para desconstruir tudo isso e ajudar cada vez mais projetos”, concluiu Ari.

*Com informações de R7.









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