O Brasil registrou nesta quarta-feira, 9, o primeiro caso de reinfecção pela Covid-19 no país. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, a paciente é uma profissional da área da saúde, de 37 anos. A médica, residente de Natal, capital do Rio Grande do Norte, e que atua no estado e também na Paraíba, testou positivo para o coronavírus, pela primeira vez, em junho deste ano e chegou a ser curada. No entanto, 116 dias dias, em meados de outubro, a profissional voltou a apresentar os sintomas da doença e, novamente, testou positivo para a Covid-19, sendo confirmado o primeiro caso de reinfecção em território brasileiro.
Em comunicado enviado à Jovem Pan, o ministério da Saúde informa que o relatório, recebido no nesta quarta-feira, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz/RJ, ao qual foram enviadas amostras clínicas do caso, “permite confirmar o primeiro caso de reinfecção no Brasil”. Segundo a posta, a confirmação dos resultados acontece “via metodologia de RT-PCR em tempo real”. “As análises realizadas permitem confirmar a reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2, após sequenciamento do genoma completo viral que identificou duas linhagens distintas”, diz a nota. A pasta não respondeu ao questionamento da reportagem sobre o número de possíveis casos de reinfecção em investigação no Brasil. Até o momento, países como Estados Unidos, Bélgica e Holanda também já registraram pacientes reinfectados pelo coronavírus.
Com a confirmação, o Ministério da Saúde reforça “a necessidade da adoção do uso contínuo de máscaras, higienização constante das mãos e o uso de álcool em gel”. O comunicado diz ainda que o governo federal “está buscando o mais rápido possível a vacina confiável, segura e aprovada pela Anvisa, para que todos os brasileiros que desejarem possam ser imunizados”. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falou sobre o caso, explicando que a “diminuição da capacidade [de proteção] dos anticorpos” é que possibilita a reinfecção pelo vírus. “Você criou os anticorpos, mas eles foram perdendo a capacidade de agir com o tempo. Estou falando aqui como leigo, porque não sou médico. Mas a explicação é simples, os anticorpos diminuem a capacidade de agir, você fica exposto novamente e se contamina. Essa é exatamente a discussão sobre o tamanho do espaço que você fica coberto pela vacina. Por isso que se fala em duas doses, por isso que se fala em vacinação periódica. Então a reinfecção é uma possibilidade sim, temos acesso a uma informação real. O paciente está bem, não estamos discutindo que ele venha a óbito, não é isso. A reinfecção já tinha se tornado uma realidade na Europa, mas no Brasil é primeira confirmação. É uma doença muito nova e ela age diferente para cada um”, conclui.
*Com informações de Jovem Pan.
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