Laís Cauner é adestradora de cães desde 2006 e ela atende pets de todos os portes e raças. Mas, por causa da pandemia, Laís precisou migrar as atividades para o ambiente virtual. “O adestramento online funciona de uma forma que eu passo todas as informações necessárias para o dono aplicar com o cachorro. Isso faz com que o dono, além de ter entendimento sobre o comportamento, ele começa a desenvolver uma linguagem corporal assertiva com o cão.” Com o empresário Marcelo Lage, que vende pão de queijo gourmet, não foi diferente.
Ele precisou adaptar o negócio para o delivery online. “Hoje são sete lojas virtuais que nós temos e outras vão ser ampliadas agora em janeiro até em cidades diferentes. E isso nos ajudou imensamente na pandemia.” Dados da consultoria Ebit-Nielsen, apontam que 7,3 milhões de brasileiros compraram pela internet pela primeira vez, entre janeiro e junho. O faturamento das lojas online cresceu 47% no primeiro semestre de 2020, a maior alta em 20 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou a pandemia de Covid-19 como o maior desafio do mundo desde a Segunda Guerra Mundial.
Todos os segmentos da sociedade foram impactados pelas medidas de isolamento. E, da crise, surgiu o protagonismo da tecnologia — que se tornou imprescindível na vida da população. Mas, em 2020, a tecnologia não serviu apenas para auxiliar nas relações comerciais. Os eventos sociais e a reuniões familiares também mudaram de lugar. O zoom, por exemplo, aplicativo que as pessoas usam para se encontrar virtualmente, teve o aumento de 355% no faturamento no segundo trimestre de 2020.
Segundo a consultora em saúde do trabalho, Bianca Vilela, se por um lado a tecnologia ajudou muito, por outro, a saúde física e emocional da população também foi afetada. “Como que essa pessoas se tornaram tão produtivas? Fácil: trabalhando das 7h ás 00h. Os impactos mentais frente ao medo de ser demitido faz com que a pessoa trabalhe muito mais.” Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, as vendas de notebooks subiram em 18% este ano. A venda de cadeiras de escritório aumentou 1.362% de março a junho no Mercado Livre, quando comparado com o mesmo período do ano passado.
*Com informações de Jovem Pan.
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