As últimas semanas têm sido de alívio e angústia ao mesmo tempo para a Denise Abranches. Primeira voluntária brasileira da vacina contra a Covid-19, a dentista e professora da Unifesp diz que nunca teve medo de receber a dose ainda experimental. “Testemunhei muitas mortes solitárias, pacientes que não puderam se despedir dos parentes. Parentes que não puderam se despedir dos entes queridos. Quando a vacina chegou fui imediatamente, em nenhum momento titubeei.”
Quase 34 mil brasileiros receberam uma das quatro vacinas na fase de testes no país. A maioria eram profissionais da saúde, os mais expostos ao risco de contágio pelo coronavírus. A enfermeira Jane Cristina Alves diz que muitos duvidaram quando ela topou participar. “Que olham para mim e falam ‘Nossa, você? Mas você é tão nova, vai participar disso? Não é arriscado? E você vai levando tranquilidade para as pessoas. A gente também é inspiração para os outros. Entender esse nosso papel é extremamente importante.”
Ao ver o irmão pegar a Covid-19, a enfermeira Mônica Calazans percebeu como seria importante tomar a vacina. “Pelo fato dele ter ficado muito grave a gente até pensou que fosse perdê-lo. E aí eu pensei: ‘Se eu não tomar a vacina, como vamos saber se vai dar certo ou não?” Cinco meses depois da primeira dose, Denise Abranches acredita que ela e tantos milhares aqui e no mundo estão fazendo história. “Tudo o que aconteceu, as mortes, o esforço do mundo todo em busca de uma vacina. Vai ficar o gesto de amor que é ser voluntário.” Até agora, nenhuma vacina foi liberada no Brasil.
*Com informações de Jovem Pan.
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