O estudo, realizado por cientistas do Instituto Butantan e da
USP, comprovou que a vacina Coronavac é eficaz contra as três novas variantes
do coronavírus em circulação no Brasil
O Governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (10) que
uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto Butantan e da USP, no ICB
(Instituto de Ciências Biomédicas), comprovou que a vacina Coronavac é eficaz
contra novas cepas do coronavírus. O estudo atesta que a vacina do Butantan
possui eficácia contra as três novas variantes que circulam no Brasil.
“Essa é uma excepcional notícia da ciência, mas também para a
vida. A vacina do Butantan imuniza os vacinados contra as novas variantes da
Covid-19. Essa é mais uma comprovação da qualidade desta vacina, que hoje
imuniza nove em cada dez brasileiros em todo o país”, declarou Doria.
Estudos preliminares, realizados pelo Instituto Butantan em
parceria com a USP, em pessoas vacinadas, demonstram que a Coronavac é capaz de
neutralizar variantes do novo coronavírus. Os dados incluíram amostras de 35
participantes vacinados na Fase III. O estudo completo inclui um número maior
de amostras, que já estão em análise. Os resultados completos serão divulgados
posteriormente.
Dados promissores
As vacinas compostas de vírus inativado, como a produzida
pelo Instituto Butantan, possuem todas as partes do vírus. Isso pode gerar uma
resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com outras vacinas que
utilizam somente uma parte da proteína Spike (proteína utilizada pelo
coronavírus para infectar as células). A vacina do Butantan tem essa vantagem
em relação às demais, pois pode levar a uma proteção mais efetiva contra as
variantes que apresentam mutação na proteína Spike.
Outra característica da vacina inativada do Instituto
Butantan é que ela consegue ter uma proteína Spike completa. As vacinas que têm
fragmentos menores desta proteína têm menos chances de ser eficaz contra as
novas variantes.
Nos testes realizados pelo Instituto Butantan são utilizados
os soros das pessoas vacinadas (colhido por meio de exame de sangue). As
amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas
com as variantes. A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados
em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse
cultivo.
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