Daqui a 100 dias, o mundo terá pelo menos um gostinho do que
um dia foi o normal. Quando o Estádio Nacional de Tóquio receber a cerimônia de
abertura dos Jogos Olímpicos, será possível, ao menos por alguns minutos,
recordar da vida antes do vírus. O Brasil estará lá, representado por cerca de
300 pessoas, entre atletas e comissão técnica, mas sem a torcida, para não
deixar esquecer completamente do que está sendo vivido do lado de fora.
O Japão restringiu as fronteiras. Não haverá turistas e,
portanto, mais do que nunca, será uma Olimpíada para ser vista pela TV (e por
rádio, internet, jornal, portal etc.). É nesses meios que estará o que restou
de uma normalidade. Mas que só durará enquanto não for visto o logotipo, com
Tóquio-2020 estampado. Sim, será Olimpíada de Tóquio-2020, mas em 2021, até
como uma mensagem sobre a realidade.
Para assistir exclusivamente na Amazon basta "Clicar Aqui"
O Time Brasil está se preparando. Na última semana, confirmou
a vaga de número 200 para os atletas. Serão mais de 30 modalidades com
representação nacional. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) calcula que terá 250
a 290 participantes. Há muitas vagas abertas, e a meta é dar o máximo de
tranquilidade possível aos atletas.
— Temos um impacto grande da questão da covid, é o ciclo
olímpico mais desafiador da história — declarou a GZH o vice-presidente do COB
e chefe da Missão Brasileira, Marco La Porta.
O COB trabalha com dois cenários: no melhor deles, grande
parte dos atletas estará vacinada, o que daria tranquilidade para as
competições; no pior, sem vacina, será necessário aumentar ainda mais os
cuidados ao ponto de criar bolhas sanitárias, antecipar viagem e determinar
quarentena.
As dificuldades, porém, não impedirão de existir boas
histórias. Jogos Olímpicos são fartos em histórias de superação e 2021 manterá
essa tradição. Aliás, já há antes mesmo de começar.
Esta será a última participação da gaúcha Fernanda Garay,
ponteira eleita melhor jogadora da Superliga pelo Praia Clube em votação entre
torcedores. Aos 34 anos, ela foi convocada por José Roberto Guimarães e
anunciou que, depois de Tóquio, dedicará suas atenções a outro desejo.
— Vocês não devem fazer ideia do quanto é difícil para nós
mulheres atletas a decisão de interromper a carreira para realizar o sonho de
ser mãe (...) Me sinto muito bem fisicamente, mentalmente, mas tive a certeza
de que esse é o momento — disse em entrevista coletiva.
A judoca Mayra Aguiar, outra gaúcha, é mais uma história de
superação. Praticamente garantida nos Jogos (resta a oficialização pelo
ranking), ela se recupera de uma cirurgia realizada em setembro.
— Estou com vontade de lutar, querendo aquele nervosismo,
adrenalina de quatro em quatro anos — declarou nas redes sociais da
Confederação Brasileira de Judô.
Além das duas histórias, a Olimpíada unirá gerações distintas
e vencedoras. Tóquio receberá Robert Scheidt, cinco vezes medalhista olímpico.
Sua primeira medalha de ouro foi na Olimpíada de 1996, quando Gabriel Medina
tinha três anos. O surfista é a principal estrela da modalidade que estreia nos
Jogos. Os dois, que têm 20 anos de diferença de idade, são esperança de pódio
para o Brasil.
Como são tradicionalmente o futebol, o vôlei, o judô, o
atletismo, a vela, a canoagem, a natação. De olhos e ouvidos abertos, os
brasileiros já podem começar a adaptar o sono e o fuso horário: daqui a 100
dias, tem Olimpíada.
Veja
quem já está confirmado na Olimpíada. Continuar leitura...
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...