Mural do leitor F5 - Cidadão conchalense representante das pessoas com deficiências faz desabafo na internet e cobra empenho do poder público municipal.
O texto foi “printado” e distribuído em vários grupos de WhatsApp,
ganhando repercussão quanto a causa defendida pelo cidadão.
Abrimos aqui, o espaço, para difundir suas reinvindicações.
Leia texto abaixo.
“Sei que muitos não vão ler, mas mesmo assim colocarei aqui um desabafo.
Há 2 anos foi criado nosso conselho municipal dos direitos das pessoas com
deficiência no município de Conchal, com muita luta pois já existia a lei desde
2007, foi refeita essa lei devido mudanças de outras leis federais e estaduais,
enfim aí fui escolhido por votação o presidente do conselho e me perguntaram
qual seria meu primeiro trabalho para as questões dos direitos das pessoas com
deficiência, ótimo. Tinha que saber quantas pessoas com deficiência tinha no
município, para depois a mesa diretora fazer um planejamento de trabalho no
município.
Veio a pandemia, nós que temos algum tipo de deficiência somos da área de
risco, tivemos que parar com reuniões presenciais, participação em eventos etc.
Mas antes fomos numa capacitação realizada pelo conselho estadual dos
direitos da pessoa com deficiência em São Paulo. Aprendemos muitas coisas
novas.
Aí nesse tempo, ficamos procurando saber as pessoas com deficiência do
município, mas que nosso município não tem esses dados. Os únicos dados
corretos eram das pessoas com deficiência atendidas pela APAE, que é uma
entidade que representa as pessoas com deficiência no município, que agora
também tem essa representatividade através do conselho, enfim no início desse
ano, consegui as informações do último IBGE de 2010, quando Conchal tinha
25.229 habitantes e que desses 1.605 tem algum tipo de deficiência na nossa
cidade, com certeza hoje deve ter passado de duas mil pessoas com deficiência
no município.
“Agora pergunto, o que adianta nosso conselho estar lutando por
melhorias, trazendo cursos profissionalizantes para pessoas com deficiência,
palestras voltadas aos assuntos que os envolvam, sendo que nossos vereadores e
prefeito, não fazem políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência?
”
Não vejo nosso município ter, esportes adaptados que seja incentivo do
poder público municipal, saúde, educação, lazer, cultura etc.....
Nos eventos não vejo, intérpretes de libras para as pessoas com
deficiência auditiva posam estar inclusas e saber do que se trata, braille para
as pessoas com deficiência visual também estar inclusas ou áudio descrição.
Locais realmente acessíveis com espaços para acompanhantes para
deficientes físicos, prioridade nas vacinações que já está na lei federal 13.146/2015
artigo 18 parágrafo IV, que já nos dá direito ao plano de vacinação como
prioridade da saúde.
Aí você questiona alguns vereadores e querem exemplo de outros municípios
para ter uma ideia se funciona, mas espera um pouco, então só farei o que
outros conselhos fizeram e foi sucesso ou farei cumprir legislação e decretos
que nos dá direito a ter uma vida digna como qualquer Ser Humano? Porque se eu
esperar exemplos teremos tão pouco, pois a grande maioria não se preocupa com
essas questões infelizmente.
Agora quando tem eleição, somos bons para escolher alguém para nos
representar, mas que na verdade não está sendo representado no nosso município,
porque precisam de exemplo de sucesso de outros municípios. Até quando vamos
viver assim, sendo esquecidos.
Será que um dia ainda, vou ver que meu município onde nasci cresci e vivo
aqui ainda, terá esportes adaptados, prioridade na saúde e reabilitação
adequado sem precisar ir pra outra cidade, teremos intérpretes de libras nos
eventos e na câmara durante as sessões, há vão me dizer que no vídeo que é
transmitido a sessão tem, realmente tem, mas se um deficiente auditivo for na
sessão presencial que é um direito e dever do cidadão, será que esse irá
conseguir entender o que está sendo votado na sessão ou discutido em pauta,
será que o deficiência visual vai saber do que se trata um documento se não
estiver em libras ou se estiver num evento onde o som não esteja perfeito e
como irá compreender do assunto abordado.
Então quando teremos realmente representante do poder público, realizando
políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência, quando as empresas
vão começar a contratar e até treinar as pessoas com deficiência para trabalhar
e ter dignidade como Seres Humanos.
Até quando seremos esquecidos?
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