Na prática, autoridades observam que o isolamento social,
apesar de necessário para a contenção da pandemia da Covid-19, promoveu um
aumento silencioso da violência doméstica ou praticada por pessoas próximas às
crianças.
Com a intenção de conscientizar a população sobre o dever de
denunciar qualquer tipo de violência infantil, diversas campanhas vêm sendo
articuladas em celebração do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes, que aconteceu em 18 de maio.
A presidente do Colégio de Coordenadores da Infância e da
Juventude, juíza do Tribunal de Justiça do Paraná Noeli Salete Tavares Reback,
explica que os dados referentes a 2020 e 2021 já apresentam queda nos registros
dos crimes, mas são reflexo da diminuição de até 50% no número de denúncias.
"Com
as crianças fora da escola, perdemos os principais colaboradores na
identificação de possíveis casos de violência, que eram os professores. Agora,
quando chegam as notificações, elas vêm pelo sistema de saúde, o que significa
que o dano já foi feito", alertou.
"Essa
faixa etária foi a única no estado que teve aumento do número de casos no
período. Isso significa, que as ocorrências foram registradas pela rede de
apoio, quando a criança foi levada ao hospital", aponta a
magistrada.
O mesmo cenário de queda nos registros de crimes contra a
criança e adolescente se percebe em outros estados. Em Minas Gerais, dados da
Polícia Civil apontam redução no número de registros de estupro de vulnerável,
por exemplo. Em 2019, foram 3.715 ocorrências, contra 3.046 em 2020.
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