Grave! - Mortalidade de peixes continua sendo registrada no rio Mogi Guaçu em Araras, SP. Assista vídeo
De acordo com Alexandre Castagna, presidente do Saema,
enquanto uma nova Estação de Tratamento de Esgoto está sendo construída, a
atual ETE recebeu investimentos ao longo de 2021, e hoje trata cerca de 65% do
seu esgoto.
Ele relatou que a cidade não tratava esgoto há pelo menos 10
anos, mas que é preciso encarar o problema de frente e para o futuro e que
órgãos como Ministério Público e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo) têm total conhecimento dos problemas, e tem cobrado de forma veemente.
Bactérias
autóctones
Desde o mês de junho o Saema adotou o tratamento com
bactérias autóctones, onde as mesmas são retiradas do esgoto e separadas em
laboratório. As mais ativas (fortes) são colocadas em processo de proliferação
(bioaumentação), retornando para o ambiente de onde veio com uma voracidade
enorme, afim de digerir o esgoto.
Para conhecer melhor a eficácia do novo tratamento com
bactérias autóctones na ETE de Araras o presidente Castagna fez algumas visitas
em estações de cidades que já utilizam esse método de tratamento. “Como pra mim também era uma surpresa
resolvi conhecer alguns locais que já operam esse tratamento. Fomos no mês de
maio a estação de tratamento da cidade de Novo Horizonte, que é operada pela
Sabesp, e ficamos surpresos com a eficácia do resultado de apenas 6 meses. E
recentemente estivemos em São José do Rio Preto, no curtume Sol Couros, onde o
tratamento é feito há 5 anos e o resultado foi assustador de bom. E no curtume
tem um agravante, pois o esgoto tratado é composto de produtos químicos e
esgoto”, disse.
Castagna ainda esteve na cidade de Americana (SP) conhecendo
a Estação de Tratamento da Carioba, uma das quatro que operam naquela cidade, e
que vinha utilizando o sistema com bactérias autóctones e num período de 10
dias tinham obtido resultado satisfatório na coloração do seu esgoto final.
Cheiro ruim
Quando à estação tratava 110 litros de esgoto por segundos as
lagoas permaneciam estáveis, mas com a introdução de mais esgoto por conta da
interligação da rede de esgoto da zona leste que encontrava-se rompida e foi
consertada houve um aumento significativo no volume e descompensou o sistema
biológico existente naquele momento no novo tratamento e provocou o mau cheiro.
O Saema ainda pretende o mais breve possível colocar 100% do
esgoto da cidade no tratamento, mas para isso carece de tempo, já que o
tratamento com bactérias autóctones tem que ser de forma homeopática, com isso
a autarquia nunca deixa de se furtar da responsabilidade de que infelizmente
ainda despeja esgoto no ribeirão.
“Não posso falar
que o povo da zona leste está mentindo, sei muito bem o que sofreram e sofrem
com tudo isso”, pontuou o presidente Castagna.
*Via Beto Ribeiro
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