Ministério bloqueia lotes da CoronaVac com o uso suspenso pela Anvisa - Interdição será feita até que Anvisa conclua apuração sobre imunizante
O Ministério da Saúde interditou lotes da vacina CoronaVac
que foram suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os
25 lotes ficarão interditados até que a agência termine a apuração sobre a
situação dos imunizantes.
A pasta também iniciou o rastreamento de doses que tenham por
ventura sido aplicadas. Esses pacientes ficarão em acompanhamento por equipes
do Sistema Único de Saúde até a decisão final da Anvisa, para avaliar possíveis
eventos adversos.
O conjunto dos lotes totaliza 12,1 milhões de doses, enviadas
da farmacêutica Sinovac, da China. Segundo a Anvisa, as vacinas foram envasadas
em uma fábrica que não foi inspecionada, nem aprovada pela agência brasileira.
Mas, continua a nota do instituto, “vale reiterar que a
fábrica chinesa tem certificação de que segue boas práticas internacionais, a
GMP, e também foi feita a inclusão na Anvisa. O Butantan informa que enviou
toda a documentação de qualidade vinda da China, da Sinovac, sobre os lotes
citados”.
Reunião
Hoje, representantes da Anvisa e do Instituto Butantan reuniram-se para tratar sobre o caso. Os integrantes do instituto apresentaram informações sobre a avaliação de risco realizada pelo órgão. Esta análise afastou a existência de risco nos lotes interditados.
O Instituto Butantan disse que ainda não há autorização por
autoridade sanitária nacional e recomendou que fosse realizada uma inspeção
remota pela equipe técnica da Anvisa. Já os integrantes da Anvisa ponderaram
que esse tipo de análise não tem se mostrado eficiente. O instituto se
comprometeu a apresentar informações adicionais.
A agência informou que começou os trâmites internos para uma
inspeção presencial. Para que os lotes sejam liberados, é preciso haver esse
tipo de exame pelos técnicos do órgão ou um laudo de autoridade sanitária
reconhecida pela instituição. *Com informações: Agência Brasil
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