Previsão do Orçamento de 2022 ao fundo eleitoral é de R$ 2,1 bilhões - Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro vetou R$ 5,7 bilhões desejado pela maioria dos parlamentares
Enviado hoje (31) ao Congresso Nacional, o Projeto da Lei
Orçamentária Anual (PLOA) de 2022 destina R$ 2,128 bilhões ao fundo eleitoral,
que será usado pelos partidos na campanha eleitoral do próximo ano, informou o
secretário de Orçamento Federal do Ministério da Economia, Ariosto Culau.
Pelo projeto, a quantia fica praticamente igual à de 2020,
quando o fundo eleitoral para as eleições municipais ficou em R$ 2 bilhões. No
entanto, o valor deverá ser negociado com os parlamentares durante a tramitação
do PLOA no Congresso.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro vetou o artigo
da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 que reservava R$ 5,7 bilhões
para o fundo eleitoral. O Congresso Nacional ainda pode derrubar o veto.
Cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir um piso
para o fundo a cada eleição, com base em parâmetros previstos em lei. No
entanto, o Congresso pode elevar o valor durante a tramitação do Orçamento.
Emendas
Em relação às emendas parlamentares, a proposta de Orçamento
destina R$ 16,2 bilhões, valor semelhante ao de 2020, quando estavam em torno
de R$ 17 bilhões. O projeto não prevê as chamadas emendas de relator, incluídas
pelo próprio relator durante a tramitação do Orçamento na Comissão Mista e não
submetidas a regulamentação.
Concursos
públicos
Sem concursos federais há três anos, o governo pretende
contratar 41,7 mil novos servidores em 2022, informou o secretário de Orçamento
Federal. Segundo ele, as contratações serão para recompor a força de trabalho
que se aposentou ou morreu nos últimos anos.
Segundo o secretário especial de Orçamento e Tesouro, Bruno
Funchal, a Secretaria de Gestão do Ministério da Economia tem feito estudos,
que apontaram a necessidade de “algum concurso” para recompor a demanda
represada em diversos órgãos.
Apesar da previsão de retorno dos concursos públicos, o PLOA
2022 não tem previsão de reajuste para o funcionalismo público federal, disse
Funchal. Ele, no entanto, informou que isso pode mudar caso o parcelamento dos
precatórios (dívidas do governo reconhecidas em definitivo pela Justiça) seja
aprovado, criando espaço no teto federal de gastos.
“O
Orçamento já está muito apertado, mas tendo algum tipo de mudança por conta do
que está em discussão sobre o pagamento de precatórios, vão ser definidas as prioridades
[com base no espaço que seria aberto]. Outras discussões serão feitas ao longo
do processo orçamentário”, explicou.
Com informações: Agência Brasil
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