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Cobra-coral aparece no quintal de morador do Terra Nobre em Conchal. Assista vídeo.



Neste final de semana o F5 recebeu o vídeo (Assista abaixo) de uma moradora do bairro Jardim Terra Nobre, em Conchal, de uma cobra-coral que apareceu no quintal de sua casa. Não dá para saber se essa é uma Coral-verdadeira ou falsa, mas a moradora fez o correto, que foi não tentar descobrir por conta própria.

A moradora reclamou para que a prefeitura tome providências, e que exija dos proprietários a limpeza dos terrenos da área. Na opinião da nossa leitora, o surgimento da cobra se deu por conta da sujeira.

A leitora está correta, porém não é apenas a sujeira que faz com que diversos tipos de animas apareçam nas áreas urbanas. As queimadas influenciam muito nesta questão.

Recentemente noticiamos queimadas em diversos lugares da nossa região, como por exemplo, o da Fazenda Campininha. De lá para cá, diversos tipos de animais foram flagrados na área urbana do município. Até imagens da aparição de onça-parda no bairro Santa Rita, surgiram na internet.

“Quando a queimada vem os animais ficam perdidos e tentam se deslocar para onde eles conseguem. Se o fogo estiver empurrando para a cidade é muito comum eles irem para cidade em busca de abrigo. Muitas vezes esse abrigo é o forro da casa ou onde tem material de construção acumulado, entulho ou lixo”, afirmou Renato Gaiga que é herpetólogo, especialista em répteis e anfíbios, ao site de notícias sindiconet.



Coral-verdadeira e falsa-coral. Como sabe?

De cores vivas, os anéis vermelho, preto e branco tornam a cobra-coral uma das serpentes mais conhecidas. A dificuldade para se camuflar dificulta os acidentes com a espécie, ponto positivo já que o veneno é um dos mais ativos no ser humano.

A dúvida quanto à identificação dos indivíduos, porém, é um problema. Isso porque a distinção entre a coral-verdadeira e a falsa-coral é quase impossível de ser feita por leigos.

O diretor do Museu Biológico do Butantan Giuseppe Puorto explica que as serpentes são extremamente parecidas e a diferença mínima está na boca. “Nós que trabalhamos com animais sabemos identificar”, diz. O conselho do herpetólogo para o público leigo é este: “Encontrou alguma cobra que tenha cor vermelha e padrão em anéis, considere como potencialmente perigosa.”

A proximidade na aparência não é por acaso. Para confundir eventuais predadores, e assim garantir a sobrevivência, a falsa-coral imita a verdadeira, mas apenas na coloração, já que, diferentemente da coral-verdadeira, não possui veneno.



Confira as características das duas espécies:

Coral-verdadeira (Micrurus lemniscatus)

Descritas em 1758, as cobras-corais verdadeiras apresentam coloração em tons de vermelho, laranja, amarelo e branco contrastantes com anéis ou manchas que variam do negro ao castanho-escuro. A espécie possui cabeça oval, recoberta por escamas grandes, olhos pequenos e pretos, corpo cilíndrico com escamas dorsais lisas, cauda curta e roliça.

Distribuídas do sul dos Estados Unidos até a Argentina, ocorrem em todos os países continentais americanos, exceto no Chile e no Canadá, e possuem a capacidade de habitar diferentes tipos de ambientes, desde paisagens desérticas do Peru até savanas elevadas das Guianas e florestas tropicais da Bacia Amazônica.

No Brasil são conhecidas 32 espécies de cobras-corais-verdadeiras, entre elas a Micrurus lemniscatus, que ocorre em todo o território brasileiro e, com frequência, nos estados do Pará, Maranhão e Amapá.

A espécie, diferentemente de outras descritas pelos estudiosos, apresenta hábitos aquáticos e se alimenta de peixes e de vertebrados alongados, como serpentes e lagartos.

Peçonhenta, a cobra-coral verdadeira provoca sérios riscos quando ataca humanos. Com atividade neurotóxica, o efeito do veneno bloqueia o sistema neuromuscular e causa insuficiência respiratória, além de deixar a visão turva, dificultar a deglutição e provocar vômitos.

Para o tratamento, é indicado dirigir-se rapidamente a postos de atendimento, já que o estado de saúde deve ser considerado grave.



Falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii)

Amplamente distribuída no Brasil, a Erythrolamprus aesculapii é uma das 52 espécies de serpentes não peçonhentas que apresentam o padrão coralino ou então a cor vermelha em sua coloração e são chamadas de falsas-corais.Muito comum em várias regiões do território brasileiro, os indivíduos apresentam atividade diurna e terrícola. Quando adultos, alimentam-se de outras cobras e, quando jovens, predam pequenos lagartos.

Como forma de defesa, a falsa-coral pode achatar o corpo e enrodilhar a cauda (comportamento também realizado por corais-verdadeiras).

Não peçonhenta, a serpente não está envolvida com acidentes graves, mas ainda oferece risco ao humano. Portanto, em caso de ataques, é necessário recorrer a postos de atendimento para ser medicado com uma dose do soro específico. A quantidade é igual tanto para crianças quanto para adultos e o número de ampolas deve ser proporcional à gravidade do acidente.



Fonte pesquisada: 

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2021/08/23/animais-selvagens-entram-em-casas-ao-fugir-das-queimadas.ghtml

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/coral-verdadeira-e-falsa-coral-sao-extremamente-parecidas-e-confundem-predadores.ghtml


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