Policiais de SP protestam por reajuste salarial e melhores condições de trabalho - Ato aconteceu nesta sexta-feira (15), na capital
Policiais do Estado de São Paulo realizaram na manhã desta
sexta-feira, 15, uma manifestação pelo reajuste salarial da categoria. O ato
unificado ocorreu em frente ao Batalhão da Rota, no centro da capital paulista.
“Os policiais estão morrendo por falta de estrutura, efetivo,
armamentos, viaturas, e para piorar, são os profissionais que recebem os piores
salários do Brasil”, informou o Sindicato dos Delegados do Estado (Sindpesp).
O ato reúne entidades representantes de oficiais, cabos e
soldados da Polícia Militar, delegados, investigadores e escrivães da Polícia
Civil, Polícia Penal e peritos da Técnico-Científica. “Todas as polícias estão
unidas por salários compatíveis e por condições de trabalho para oferecer para
a população paulista a segurança pública que ela merece”, explicou o Sindpesp.
Segundo a entidade, o governo de João Doria (PSDB) prometeu
que a Polícia Civil paulista seria a mais bem paga do Brasil, no entanto, os
agentes recebem os piores salários do país.
Em janeiro de 2020, os policiais do Estado e demais
profissionais da área de segurança tiveram reajuste de 5% no salário-base.
Foram contemplados agentes das polícias Militar, Civil e Técnico-científica e
os agentes da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, totalizando
286 mil profissionais.
Faltam
policiais em SP
O déficit na Polícia Civil de São Paulo ultrapassou a
barreira de 15 mil policiais pela primeira vez desde que o levantamento mensal
começou a ser realizado pelo Sindpesp, em 2017. De janeiro de 2019 a setembro
de 2021, a Polícia Civil paulista passou de um déficit de 13.5 mil para 15 mil.
Entre os delegados, dos 4.4 mil cargos existentes, apenas 2.5
estão ocupados. E em números absolutos, a carreira onde faltam mais
profissionais é a de investigador, com déficit de 3.6 mil postos.
De acordo com o sindicato, a causa desse déficit é que “os
policiais vão aposentando, pedindo exoneração e o governo não preenche as
vagas”, completou.
O que diz a
Secretaria de Segurança Pública
“A Secretaria da Segurança Pública, desde o início da atual
gestão, tem adotado medidas para valorizar e reconhecer o trabalho dos
policiais, bem como recompor o efetivo das instituições, impactado
principalmente para ausência de concursos em anos anteriores. Desde 2019, mais
de 2.2 mil policiais civis já foram contratados e estão atuando em todo o
Estado. Além destes, outros 81 estão em formação na Academia de Polícia e,
neste mês, foi autorizada a contratação de mais 2.7 mil policiais civis.
Em respeito ao compromisso de recuperar os vencimentos dos
agentes de segurança estaduais, ainda em 2019, o governo concedeu um reajuste
salarial e um estabeleceu um pacote de valorização profissional. Paralelamente,
ampliou em 50% o bônus por resultados. Somadas, essas iniciativas geraram um
impacto de R$ 1,5 bilhão no orçamento estadual.”
*Com informações da Revista Oeste
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