O primeiro paciente recebeu, na última sexta-feira (12), no
Hospital do Rim, o soro anti-Covid desenvolvido pelo Instituto Butantan. O
paciente é um homem transplantado de 65 anos.
O soro produzido com plasma de cavalos, que foi aprovado para
teste em maio, não substitui a vacina, mas é uma possibilidade de tratamento
para diagnosticados com a doença. Veja, no vídeo acima, como o soro funciona.
De acordo com o Hospital do Rim, o primeiro paciente a
receber o soro não teve nenhum efeito colateral, e a resposta ao medicamento
foi adequada.
No total, o estudo terá 30 pacientes. Para receber o soro, a
pessoa tem que estar com Covid leve para que, justamente, se previna uma
evolução para um quadro grave da doença. Ainda não há prazo para divulgação dos
primeiros resultados.
Ele está num leito semi-intensivo, onde ficará por 28 dias
sendo observado.
Estudo com
soro
Os testes também serão feitos em pacientes com Covid e câncer
do Hospital das Clínicas. Na segunda fase, devem participar 558 pacientes
transplantados e oncológicos.
Em maio deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) autorizou o início dos testes em seres humanos.
O objetivo do soro é amenizar os sintomas e evitar casos
graves nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar nem de prevenir a
doença.
Produção do
soro
Para a produção do soro, os técnicos retiram o plasma do
sangue do cavalo e levam para a sede do Butantan, na Zona Oeste de São Paulo.
Os anticorpos são então separados do plasma e se transformam em um soro
anti-Covid.
Os cavalos, além de ajudarem a produzir o soro, participaram
dos testes. O vírus inativo não provoca danos aos animais nem se multiplica no
organismo, mas estimula a produção de anticorpos.
"Os animais que foram tratados tiveram seu pulmão
protegido, ou seja, não desenvolveram a forma fatal da infecção pelo
coronavírus, mostrando que os resultados de estudos em animais são extremamente
promissores e esperamos que a mesma efetividade seja demonstrada agora nesses
estudos clínicos que poderão ser autorizados."
Veja mais acessando ao G1/SP
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