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GCM de Holambra é investigado por matar homem atropelado e andar com vítima no para-brisa por 1,5 km

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2022/01/03/holambra-suspende-policial-municipal-investigado-por-matar-homem-atropelado-e-andar-com-vitima-no-para-brisa-por-15-km.ghtml

Holambra (SP) confirmou na tarde de segunda-feira (3) a suspensão por 30 dias do policial municipal investigado por atropelar e matar um homem de 59 anos, e depois andar por quase 1,5 km com a vítima presa ao para-brisa. As informações constam em boletim de ocorrência e o suspeito, que chegou a ser preso, foi colocado em liberdade provisória. Veja abaixo o que diz a defesa dele.

De acordo com a prefeitura, um procedimento administrativo também foi aberto sobre o caso.

O caso

De acordo com o registro na Polícia Civil, o suspeito relatou que mora em Artur Nogueira (SP) e estava a caminho do trabalho, em Holambra. Ele disse que durante o trajeto, no km 35 da Rodovia SP-107, sentiu um impacto no para-brisa, mas decidiu não parar por medo de retaliação do crime organizado.

Ainda segundo o depoimento do agente de segurança à polícia, ele dirigiu por cerca de 1,5 km, até Holambra, e quando freou o carro, na Alameda Maurício de Nassau, Centro, disse que sentiu algo cair.



O policial alegou ter percebido neste momento que tinha atropelado uma pessoa após identificar que era um corpo. O homem então se dirigiu à base da Polícia Municipal para procurar ajuda.

Já o diretor da corporação prestou depoimento e disse que estava na base quando o suspeito chegou agitado e com sinais de sonolência. Segundo o boletim de ocorrência, nesse momento o telefone da base tocou e uma pessoa denunciou que um motorista jogou um corpo na calçada, na região central.

Depois disso, ainda conforme o relato do diretor, o suspeito confessou que teria atropelado uma pessoa. Ele foi desarmado e levado até a delegacia de polícia.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, uma testemunha relatou que a vítima estava com metade do corpo para dentro do veículo, e que o policial municipal removeu o corpo e jogou na calçada.

Um trecho do registro da ocorrência cita a dinâmica: "Pela dinâmica dos fatos, depoimentos e pelo dano no veículo, o indiciado transitou com o corpo da vítima preso no para-brisa do veículo por mais de 1 km e depois jogou o corpo em uma calçada no centro da cidade de Holambra, sendo que passou em frente ao hospital local e não parou para a vítima ser atendida. Após, foi para a base da guarda se abrigar e tentar se esquivar da responsabilidade criminal, mas foi surpreendido com um telefonema anônimo relatando que um indivíduo havia jogado um corpo na rua."

Teste do bafômetro recusado e liberdade

Segundo a Polícia Civil, Rodrigo Olegário de Almeida, de 42 anos, se recusou a fazer o teste do bafômetro e, por isso, foi encaminhado para um exame de alcoolemia e toxicológico. O objetivo é tentar saber se o suspeito consumiu bebida alcoólica antes de dirigir.

Almeida chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo (sem intenção) na direção de veículo automotor, com agravamento por não ter prestado socorro. A vítima foi sepultada no domingo.

O que diz a defesa?

O advogado do policial municipal informou que ele passou por audiência de custódia, também no domingo, e foi determinada a liberdade provisória. Em nota, a defesa afirmou que o suspeito está abalado, permanece em casa à disposição da Justiça e vai colaborar nas investigações.



"Contudo, é importante esclarecer que em momento algum se negou a prestar socorro à vítima, como se demonstrará no decorrer do processo", destaca trecho da nota.

Família diz conhecer policial

A sobrinha de Silvio relatou à EPTV, afiliada da TV Globo, que a família conhece o policial. "Na delegacia, o rapaz estava muito abalado, veio falar com a gente várias vezes, pedir perdão. A gente conhece todo mundo, conhece a família", contou Ana Flávia Filipini.

A irmã de Silvio também pediu esclarecimentos sobre o fato do corpo da vítima ter sido localizado em um lugar distante de onde o atropelamento ocorreu. "Depois que o delegado chegou, ele falou que o acidente tinha sido perto de um bambuzal. Eu fiquei pasma, porque o bambuzal é longe [do local do acidente]. Como ele foi parar lá?", questionou Selma Filipini. Assista reportagem  completa da EPTV acessando AQUI o G1



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