Membro de quadrilha que atacou banco de Itajubá deve ser solto pela Justiça nesta segunda-feira (26)
O homem, de 33 anos, preso durante a ação policial em
Itajubá, no Sul de Minas Gerais, deve ser solto nesta segunda-feira (27). A
decisão é do juiz da 2ª Vara Federal e Criminal de Pouso Alegre, Gustavo
Moreira Mazzilli, que concedeu liberdade provisória para o suspeito por
entender que a ação dele foi de “menor periculosidade” no crime.
O homem atuou como olheiro da quadrilha do Novo Cangaço que
atacou uma agência bancária e deixou cinco pessoas feridas na noite da última
quarta-feira (22). A informação foi obtida com exclusividade pela Itatiaia.
O suspeito, que é de São Paulo, teve prisão preventiva pedida
pelo Ministério Público Federal (MPF) após confessar participação no crime e
afirmar que estava estrategicamente posicionado para avistar os comparsas sobre
a movimentação da polícia.
O Ministério Público ressaltou que o crime no qual o homem
participou trouxe terror para Itajubá e comprometeu a segurança de um número
indeterminado de pessoas. Inclusive, a população da cidade está revoltada com a
soltura do suspeito.
O juiz, em sua decisão, pontuou que o suspeito não estava
portando armas no momento da prisão. Para Mazzilli, o preso não teve
participação relevante no crime.
"Não há nenhum elemento que indique ser o autor
criminoso de alta periculosidade, não tendo ele sido flagrado com porte de
arma, bem como confessou a participação na empreitada ilícita, tendo
contribuído para elucidação de sua participação, na medida da segurança de sua
vida. Indico que ele não se aprofundou na sua confissão com medo de represálias
que pudessem levar ao seu extermínio", diz parte da decisão.
O magistrado determinou fiança de R$ 2 mil, quebra do sigilo
telefônico do preso, mas não decretou a quebra do sigilo bancário que também
havia sido pedida pelo MPF.
Lembrando que a Polícia Civil de São Paulo apreendeu, nesse
sábado (25), um vasto arsenal de guerra, com fuzis, capacetes balísticos,
bombas e centenas de munição da quadrilha que atacou Itajubá. Um homem também
foi preso pela instituição paulista.
A Itatiaia repercutiu a decisão judicial com diversas fontes
da segurança pública, que preferiram não se manifestar publicamente, mas todos,
sem exceção, se mostraram perplexos e indignados com a decisão da Justiça.
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