Obesidade infantil é caminho para doenças crônicas, alerta a nutricionista Bianka de Cássia Capeletti Chiarotti
Nesta sexta-feira, 3 de junho, é
comemorado o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil, comorbidade
que tem afetado milhares de crianças no
Brasil. Último Enani (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil),
divulgado em 2019, ou seja, antes da pandemia da covid-19 e da necessidade do
distanciamento social, revelou que 7% das crianças brasileiras menores de 5
anos estão com excesso de peso e 3% têm obesidade.
De acordo com a nutricionista do
programa Saúde Inteligente, do Santa Casa Saúde Piracicaba, Bianka de Cássia
Capeletti Chiarotti, ao ampliar a faixa etária, os casos de obesidade são ainda maiores. “No Brasil, é estimado que
13% das crianças entre 5 e 9 anos têm obesidade e outros 7% dos adolescentes entre 12 a 17 anos
também”, ressalta.
Os dados sobre obesidade infantil
são tão alarmantes que a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que em 2025
o número de crianças obesas no mundo chegue a 75 milhões. Dados do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que uma em cada grupo
de três crianças, com idade entre 5 e 9 anos, está acima do peso no País. As
notificações do Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional), também
de 2019, revelam que 16,33% das crianças brasileiras entre 5 e 10 anos estão
com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos
adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos; e 3,98% têm obesidade
grave.
O risco de obesidade no futuro é a
consequência mais temida da obesidade infantil, segundo a nutricionista Bianka.
“A obesidade leva a comorbidades, como diabetes, hipertensão, entre outras
doenças. Uma criança acima do peso tem 75% mais chance de serem adolescentes
obesos e 89% dos adolescentes obesos podem se tornar adultos obesos”, revela.
Bianka ressalta ainda, o aumento
expressivo do número de atendimentos no programa Saúde Inteligente, do Plano
Santa Casa Saúde Piracicaba, principalmente após o período de distanciamento
social. “A pandemia da covid-19 contribuiu para o aumento do número de casos da
obesidade infantil, agravando a situação; afinal, houve mudanças importantes na
rotina das crianças, entre elas o sedentarismo, pois as crianças ficaram mais
tempo em casa sem praticar atividade física, tendo aulas ou passando boa parte
do tempo em frente ao computador, o que aumenta a ansiedade, inclusive deviso à ociosidade e dificuldade
frente à mudança abrupta da rotina, que alterou inclusive a alimentação com o
aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados", explica.
Bianka alerta ainda que quando se fala
em tratamento e prevenção é preciso lembrar que a obesidade infantil é
multifatorial, ou seja, causada por diversos fatores, “portanto é preciso que
os cuidados com a saúde ocorram de forma multidisciplinar, envolvendo médicos,
nutricionistas, educadores físicos, saúde emocional e familiar”, ressalta.
DICA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL:
A nutricionista Bianka dá dicas de
como montar um cardápio saudável e repleto de opções
Café da manhã:
- Pão/torradas integrais
- Queijos brancos como minas
frescal ou meia cura ou creme de ricota ou cottage ou ovo
- Leite, porém não com
achocolatado: puro ou batido com fruta ou com cacau em pó
- Frutas
Almoço/jantar:
- Arroz ou tubérculos (batata,
mandioca, cará, inhame, purê..)
- Feijão ou demais leguminosas como
grão de bico, ervilha, lentilha..
- Salada e legumes de acordo com a
preferência (importante variar para que o dia e a semana sejam bem coloridos
- Mistura (carne bovina, suína,
frango, peixe ou ovos
Lanches intermediários as refeições principais:
- Panqueca de aveia
- Iogurtes
- Frutas
- Pães integrais
- Vitaminados
- Castanhas
- Bolinhos saudáveis a base de
aveia e frutas
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