PF investiga corrupção envolvendo a Fundação Getulio Vargas - Esquema envolvia órgãos federais e estaduais
A Polícia Federal (PF) realiza ação contra esquema de
corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro
envolvendo a Fundação Getulio Vargas (FGV), instituição de ensino e pesquisa
privada com sede no Rio de Janeiro.
A Operação Sofisma cumpriu 29 mandados de busca e apreensão
expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio, tanto na capital fluminense
quanto na cidade de São Paulo. Também foram expedidas ordens de sequestro e
cautelares restritivas.
Segundo a PF, o esquema envolvia órgãos federais e estaduais,
que contratavam a FGV com dispensa de licitação. As investigações, iniciadas em
2019, mostram que havia superfaturamento de contratos.
A instituição era usada “para fabricar pareceres que
mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos, que resultaram em
pagamento de propinas”.
“Apurou-se que, mais do que emitir pareceres inverídicos que
camuflavam a corrupção dos agentes públicos, a entidade superfaturava contratos
feitos por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos
licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por
agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e
fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam
em licitações coordenadas por ela”, informa nota divulgada pela polícia.
Os alvos da ação usavam empresas sediadas em paraísos
fiscais, como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, para lavar dinheiro e praticar a
evasão de divisas.
*Agência Brasil
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