CECAN apoia campanha mundial contra o tabagismo - Movimento busca refletir e acabar com os subsídios ao cultivo do tabaco
Em alusão ao Dia Internacional Contra o Tabaco, 31 de maio, o
CECAN- Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba manifesta seu apoio ao
movimento global que busca unir forças no combate ao tabagismo, uma das maiores
ameaças à saúde global que continua ceifando vidas e causando danos
irreparáveis.
Segundo o oncologista Fernando Medina, diretor da Unidade, ao
repercutir o tema junto à sociedade civil organizada, o CECAN renova seu
compromisso em educar, conscientizar e apoiar aqueles que desejam se libertar
desse vício prejudicial. “Cada pessoa que decide abandonar o tabaco, dá um
passo importante para um futuro mais saudável e cheio de vida”, ressaltou.
O oncologista conta que, na prática, a campanha deste ano
busca acabar com os subsídios ao cultivo de tabaco e utilizar essas economias
para apoiar os agricultores na transição para cultivos de culturas mais
sustentáveis, com o conseqüente combate à desertificação e á degradação
ambiental.
“Estudos divulgados pela World Health Organization, vinculada
à OMS- Organização Mundial de Saúde, revelam claramente que a cultura do tabaco
prejudica a nossa saúde, a saúde dos agricultores e a saúde do planeta”, disse
Medina.
Ele lembra que, segundo esses estudos, a indústria do tabaco
interfere nas tentativas de substituir o cultivo do tabaco, contribuindo para a
crise alimentar global, uma vez que o tabaco é cultivado em mais de 124 países,
ocupando terras que poderiam ser usadas para cultivos que alimentam milhões de
pessoas, reduzindo a insegurança alimentar.
Segundo ele, no link https://www.who.int/campaigns/world-no-tobacco-day/2023
, a World Health Organization aponta que mais de 349 milhões de pessoas em 79
países enfrentam insegurança alimentar aguda, muitas delas em países de baixa e
média renda, incluindo mais de 30 países no continente africano. Muitos desses
países usam grandes áreas de terra fértil para cultivar tabaco em vez de
alimentos saudáveis, com resultado econômico negativo devido aos impactos
adversos à saúde, ambientais e sociais associados ao cultivo do tabaco.
“Fica cada vez mais
evidente que o cultivo do tabaco causa problemas de saúde entre agricultores e
trabalhadores agrícolas e perda ambiental irreversível de recursos preciosos,
como fontes de água, florestas, plantas e espécies animais”, considerou
Fernando Medina, frisando que a produção do tabaco usa muitos pesticidas que
podem poluir a água e o ar.
Tabaco é a
principal causa de inúmeras doenças
O médico oncologista Fernando Medina ressalta que o uso do
tabaco é um importante problema de saúde pública no mundo, pois é a principal
causa de morte evitável sendo responsável por mais de 7 milhões de mortes a
cada ano, 150 mil delas só no Brasil.
Ele lembra que o uso do tabaco pode causar uma variedade de
problemas de saúde, incluindo câncer de pulmão, doenças cardíacas, derrame
cerebral, doença pulmonar obstrutiva crônica e muitos outros tipos de cancer.
“No Brasil, estima-se que existam 20 milhões de fumantes; número que vem
diminuindo nos últimos anos, embora o uso do tabaco ainda seja um grande
problema no país”, disse.
Fumar também pode levar a uma série de outros problemas de
saúde, incluindo fertilidade reduzida, aumento do risco de aborto espontâneo,
de natimorto, de osteoporose, de demência, depressão, ansiedade e aumento de
risco de suicídio.
“Parar de fumar é algo que você pode fazer pela sua saúde”,
disse Medina apontando os inúmeros recursos disponíveis para isso, incluindo a
consulta medica e vários programas que vem reduzindo o índice de fumantes no
mundo inteiro. Como exemplos, ele cita o “Smokefree Text”, do National Cancer
Institute; e o “Freedon From Smoking”, da American Land Title Association.
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