Pular para o conteúdo principal

PGR pede ao STF inquérito para investigar diretores de Google e Telegram por ação contra PL das Fake News


A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar diretores do Google e do Telegram no Brasil que tenham participado da campanha de desinformação contra o chamado PL das Fake News.

O caso está sob sigilo no STF e deve ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes. Não há prazo para a decisão sobre se os diretores serão investigados ou não.

O pedido ocorre após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acionar a PGR com uma notícia-crime afirmando que as duas empresas têm realizado "contundente e abusiva "ação contra a aprovação do Projeto de Lei n. 2.630/2020 [PL das Fake News].

Nesta quarta (10), Moraes determinou ao Telegram a exclusão de uma mensagem enviada aos usuários contra o projeto. Já no início do mês, o Google foi obrigado pelo governo a marcar como publicidade um material que criticava o projeto.


Questionadas sobre o pedido da PGR, as empresas ainda não de manifestaram.

Argumentos

À PGR, a Câmara afirmou que as empresas atuam para resguardar interesses econômicos e "têm lançado mão de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado".

A Câmara argumentou ainda que Google e Telegram incentivaram os usuários a pressionarem os congressistas.

Segundo a Casa, a campanha de desinformação com a replicação em massa de mensagens causou uma sobrecarga considerável nos serviços de TI da Câmara, provocando instabilidade no portal e nos principais sistemas de apoio aos trabalhos legislativos, o que afetou os trabalhos.

Na avaliação da Câmara, a ação das empresas pode configurar crimes contra as instituições democráticas, crimes contra o consumidor e crimes contra a economia e as relações de consumo.

Ao requerer abertura de inquérito, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que é preciso esclarecer as condutas narradas por Arhtur Lira.

"O cenário fático narrado aponta para a existência de elementos de informações mínimos da prática de conduta delituosa que fundamentam a possibilidade de instauração de procedimento de investigação sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal, a exemplo do que ocorre em caso similar sob apuração desta Corte no Inquérito n. 4.874 [mílicia digital contra instituições]", escreveu a vice-PGR.

A Procuradoria pediu a tomada do depoimento dos diretores e a preservação, extração e juntada, mediante elaboração de laudo pericial, de todas as postagens, publicações e mensagens.

*G1

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Jardim Santana em Conchal: Decisão judicial suspende pagamentos, Município aponta descumprimento de prazos e empresa afirma que obras seguem e que denúncias são improcedentes

Após décadas dependente de Mogi Mirim, Conchal terá seu próprio Cartório de Registro de Imóveis ainda em 2025

Conchal publica edital para leilão eletrônico de 15 imóveis municipais

Banda Trinado reúne público expressivo em apresentação no Bar do Fabinho; veja as fotos

Brasil é Campeão Mundial de Churrasco — e conchalense Raphael Gelly integra equipe histórica no Chile