Hepatites virais são um desafio global de saúde pública - Doença afeta o fígado e é causada por diferentes tipos de vírus
O Dia Mundial de Combate à Hepatite, 28 de julho, existe para
conscientizar a população sobre as hepatites virais e promover a prevenção, o
diagnóstico precoce e o tratamento dessas doenças.
De acordo com o infectologista Hamilton Bonilha de Moraes
(CRM 51.466), coordenador do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar)
da Santa Casa de Piracicaba, as hepatites virais são um grupo de doenças
infecciosas que afetam o fígado e são causadas por diferentes tipos de vírus,
como a A, B, C, D e E. “Elas podem ser transmitidas por contato direto com
sangue contaminado; relações sexuais desprotegidas; compartilhamento de agulhas
ou outros objetos cortantes contaminados; de mãe para filho durante a gravidez
e o parto; ou ainda por meio do consumo de água e alimentos contaminados”,
alerta.
A hepatite viral, de acordo com o especialista, é um problema
de saúde global, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que
mais de 325 milhões de pessoas vivam com hepatite B ou C, e cerca de 1,4 milhão
de pessoas morrem anualmente devido a complicações dessas doenças, como cirrose
hepática e câncer de fígado. Os dados são da OMS (Organização Mundial de
Saúde).
“A prevenção é um dos pilares fundamentais no combate às
hepatites virais. Medidas simples, como a vacinação contra hepatite A e B, uso de preservativos nas relações sexuais, o
não compartilhamento de objetos cortantes e a adoção de medidas de higiene adequadas,
como lavar as mãos regularmente, podem ajudar a prevenir a disseminação dessas
doenças”, reforça Bonilha.
O diagnóstico precoce, de acordo com o infectologista, também
desempenha papel crucial no combate às hepatites virais. “Muitas pessoas infectadas
desconhecem sua condição, pois a doença pode permanecer assintomática por anos.
Por isso, é importante fazer testes de detecção regularmente, especialmente se
você estiver em um grupo de risco, como pessoas com histórico de uso de drogas
injetáveis, profissionais de saúde, pessoas vivendo com HIV/Aids ou em
comunidades onde as hepatites são endêmicas”, salienta.
Bonilha explica que o tratamento adequado das hepatites
virais também é essencial para evitar complicações graves. “Atualmente, existem
terapias antivirais altamente eficazes disponíveis para o tratamento da
hepatite B e C, que podem reduzir a progressão da doença, melhorar a qualidade
de vida dos pacientes e prevenir o desenvolvimento de cirrose e câncer de
fígado”, alerta.
Para o infectologista a data que celebra o Dia Mundial de
Combate à Hepatite tornou-se uma importante oportunidade para promover ações de
conscientização, educação e prevenção em todo o mundo. “Governos, organizações
de saúde, profissionais de saúde e comunidades podem se unir para aumentar a
visibilidade do problema e trabalhar juntos na busca de estratégias eficazes de
prevenção e controle das hepatites virais e também de proteger a saúde de
milhões de pessoas em todo o mundo”, finaliza.
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