A Polícia Civil pediu a prisão do último suspeito de participar da morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, baleado quando fazia patrulhamento em uma comunidade no Guarujá, no último dia 27.
A informação foi dada pelo secretário da Segurança Pública,
Guilherme Derrite, em uma coletiva de imprensa na tarde de hoje na sede do
Deinter 6, em Santos.
O suspeito é irmão do homem apontado como autor do tiro que
matou o soldado Reis, preso no domingo (30).
O secretário foi a Santos nesta terça para visitar os
policiais atacados por criminosos de manhã, quando faziam patrulhamento nos
bairros Campo Grande e morro São Bento.
Uma das policiais foi baleada pelas costas. "Quatro
indivíduos fortemente armados aproveitaram um momento em que a viatura estava
estacionada para atacar a policial", afirma.
Após o atentado, os criminosos ainda voltaram ao local do
crime para finalizar a execução da policial. "O parceiro dela percebeu,
pelo som, que eles estavam voltando. Ele se afastou, ficou em uma posição
estratégica e surpreendeu os criminosos. Essa atitude salvou a vida dele e da
sua parceira."
Os criminosos fugiram, então, em direção ao morro São Bento.
Lá, atacaram uma viatura do BAEP e balearam outro policial, atingido com um
tiro na perna. Na troca de tiros um dos criminosos foi baleado e morreu. Ele
tinha passagem por sequestro e era foragido da Justiça.
Perto dali, no morro Jabaquara, outra viatura do BAEP foi
atacada com tiros de fuzil. No confronto, um suspeito foi baleado e morreu.
Dois suspeitos foram presos por tentativa de homicídio e
tráfico de drogas. Os policiais apreenderam quase mil porções de drogas, além
de fuzil, pistolas e telefones celulares.
O secretário também voltou a falar sobre as denúncias de
tortura nas ações da polícia. "Desmistificando algumas narrativas, que não
passam de narrativas, dizendo 'olha, o indivíduo foi torturado'... Todos os
exames até agora realizados pelo Instituto Médico Legal não apontaram qualquer
singelo hematoma, muito menos sinal de tortura dos indivíduos que trocaram tiros
com os policiais."
Os dois policiais baleados nos confrontos estão fora de
perigo. "Esta é, sem dúvida, a notícia mais importante hoje", disse o
secretário.
Operação
Escudo
A Operação Escudo teve início no último dia 28, após o
soldado Patrick Bastos Reis ser morto por um criminoso, preso no domingo (30).
Desde o início da operação, a polícia tem enfrentado intensa
reação por parte dos criminosos, já que o reforço no policiamento impacta
diretamente no tráfico de drogas que mantém o crime organizado.
Mesmo após a prisão do autor do tiro que matou o soldado da
Rota, a Operação Escudo deve continuar na região por no mínimo 30 dias.
Até esta terça-feira (1) a polícia prendeu 35 criminosos,
apreendeu mais de 20 kg de drogas e 13 armas, de longo e curto alcance.
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