Governo e Itamaraty são criticados por chamar bruto assassinato de brasileiros em Israel de “falecimento” e não fazer menção ao grupo terrorista Hamas
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Ministério das
Relações Exteriores (MRE) têm recebido uma avalanche de críticas nas redes
sociais, em especial no X após publicarem notas a respeito dos assassinatos de
Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos, em Israel. Os dois
estavam desaparecidos desde o último sábado, 7 de outubro, quando uma festa
rave em que estavam foi alvo de bombas e invasão de membros do Hamas.
Internautas ficaram enfurecidos, pois a nota oficial do Itamaraty não faz
menção ao grupo terrorista e classifica como “falecimento” e “morte” o ocorrido
com as vítimas.
Usuários do X, inclusive, adicionaram contexto à publicação
do MRE, recurso da plataforma que adiciona observações da comunidade sobre
conteúdos potencialmente falsos ou de desinformação
"Ranani Glazer foi assassinado pelo grupo terrorista Hamas. Contexto adicional é necessário pois a publicação oficial do Itamaraty não deixa claro quem foi o responsável pela morte e isso deixa margens para dúvidas”, afirma a observação adicionada pelos leitores à nota publicada pelo Itamaraty no X. Outros internautas manifestaram seu repúdio nas respostas da publicação, entre eles, parlamentares de oposição ao governo. “Vergonha absoluta do Estado brasileiro. Declarar uma atrocidade homicida terrorista como mero falecimento, semelhante a uma morte natural, é desprezo e ofensa direta ao cidadão brasileiro. Só confirmam apoio e vínculo ao terror e ao crime”, escreveu o deputado federal Alexandre Ramagem (PL).
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O
cenário noticiado pela mídia internacional foi descrito como "uma cena
devastadora, com ar de morte", onde dezenas de corpos de civis, incluindo
cerca de 40 bebês, alguns deles decapitados, estavam espalhados pelo chão,
entre casas e carros incendiados.
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