A lei que autoriza o Governo de São Paulo a promover a
desestatização da Sabesp foi sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas,
com publicação em edição extra do Diário Oficial do Estado na última sexta-feira
(8). Há dois dias, a proposta foi aprovada com margem muito ampla, de 62 votos
a um, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
“Obviamente, é um projeto que tem sua complexidade, mas vamos
debater e explicar o quanto for necessário para mostrar a vantajosidade do que
está sendo construído, para mostrar o que a gente quer é água chegando na
torneira de todo mundo. Estamos construindo um modelo de vitória que
universaliza o acesso, aumenta a oferta e segura a tarifa. É um modelo que vai
ser exemplo para todo o Brasil”, afirmou Tarcísio.
A nova legislação tem por objetivo garantir a antecipação da
universalização do saneamento básico, de 2033 para 2029, quatro anos antes do
prazo inicial, e viabilizar a inclusão de cerca de 1 milhão de pessoas em áreas
rurais e comunidades carentes nos serviços de água e esgoto, com tarifas
reduzidas.
A nova lei estadual autoriza a desestatização da companhia
por meio de oferta pública de ações, focada no compromisso com a universalização
do saneamento básico até 2029, abrangendo áreas rurais e comunidades carentes,
e redução da conta d’água. Também possui diretrizes de qualidade, gestão
sustentável dos recursos hídricos e redução da tarifa. Para tanto, a nova lei
autoriza a criação do Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado
de São Paulo.
Além disso, o texto confere poder de veto ao Governo de São
Paulo em decisões relevantes, como mudanças de nome, sede, atividade social e
limites de votos para os acionistas. No total, a legislação incorporou 26
emendas propostas pelos deputados estaduais, com destaque para a estabilidade
dos atuais servidores da Sabesp por 18 meses após a desestatização.
Próximos
passos
O Governo de São Paulo já iniciou o diálogo com os 375 municípios
atendidos pela Sabesp para renovar o contrato de concessão até 2060,
assegurando a participação das comunidades mais carentes e os investimentos
essenciais para atingir a meta de universalização.
Além disso, as novas regras para revisões tarifárias da
companhia começarão a ser delineadas, seguindo um modelo estruturado que busca
equilibrar tarifas acessíveis e estimular novos investimentos. Também será
realizada audiência e consulta pública sobre o processo.
Todas essas ações devem acontecer antes do início da oferta
pública das ações na Bolsa de Valores, prevista para o primeiro semestre de
2024. A estimativa é que todo o processo seja concluído até julho do próximo
ano.
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