O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou partes do
projeto de lei que buscava flexibilizar as regras para o licenciamento de
defensivos agrícolas no Brasil.
Denominado por ambientalistas como "PL do Veneno",
o projeto dava ao Ministério da Agricultura a prerrogativa de liberar e
fiscalizar produtos agrícolas com composições químicas alteradas. Com a decisão
do presidente, órgãos como o Ibama e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) manterão suas funções na avaliação dos impactos ambientais e à saúde
relacionados a esses produtos.
A trajetória do projeto foi marcada por divergências no
governo, com contrastes entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a
ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O projeto foi aprovado no Senado
sob a relatoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES) no último mês.
Entre os trechos vetados por Lula estão disposições sobre a
"complementariedade" das avaliações de Anvisa e Ibama, a
"coordenação" de análises de risco pelo Ministério da Agricultura e
autorizações para agrotóxicos enquanto reanálises de risco estiverem pendentes.
Também foi rejeitada a proposta que poderia permitir o reaproveitamento de
embalagens de defensivos, uma medida potencialmente perigosa que poderia
confundir consumidores.
Para fundamentar sua decisão, o presidente consultou diversas
entidades, incluindo o Ibama, além dos ministérios do Meio Ambiente, Saúde,
Planejamento e outros.
A bancada ruralista manifestou descontentamento com a
decisão, considerando-a incoerente. O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) da Frente
Parlamentar do Agronegócio (FPA) afirmou que, caso o veto seja confirmado,
haverá esforços para sua derrubada no Congresso.
Por outro lado, Contarato defendeu as deliberações feitas no
Congresso e reforçou que o projeto passou por rigorosas avaliações na Comissão
de Meio Ambiente do Senado, enfatizando a remoção de trechos que poderiam ser
prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...