Após a revelação de que o Sistema de Administração
Financeira, o Siafi, foi alvo de uma invasão, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, negou a relação do episódio com "ataque hacker". Segundo o
ministro, a invasão foi realizada por alguém que já tinha acesso a plataforma.
“A informação que tenho é parcial –de que o problema não é do
Siafi, não é do sistema. O problema provavelmente foi de autenticação de
acesso. Então é isso que está sendo apurado: como é que alguém teve acesso
tendo sido autenticado. Ou seja, não foi ação de um hacker”, declarou Haddad,
em coletiva com jornalistas no Ministério da Fazenda.
Haddad não soube informar se houve algum desvio de recursos
por causa da invasão, porque ele disse que a investigação "corre em
sigilo" e que a Polícia Federal (PF) apura o ocorrido.
“Eu não tenho essa informação. Isso estava sendo mantido em sigilo, inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro e acho que a Polícia Federal. Soube no mesmo momento que vocês. E vou, inclusive, informar ao presidente”, falou.
A invasão no sistema usado na execução e controle financeiro
do governo foi revelada pela Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (22).
Segundo o jornal, "o sistema de autenticação de usuários sofreu um ataque,
e gestores habilitados para fazer movimentações financeiras tiveram seus
acessos utilizados por terceiros sem autorização".
Em nota enviada à Gazeta do Povo, o Tesouro Nacional informou
que "o episódio não configura uma invasão, mas sim uma utilização
indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e negou que tenha causado
"prejuízos à integridade do sistema. Segundo o Tesouro, também serão
implementadas "ações adicionais para reforçar a segurança do
sistema".
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