Vendas do Tesouro Direto somaram R$ 5,72 bilhões em abril - Títulos mais procurados foram os indexados à inflação
As vendas de títulos públicos do Tesouro Direto a pessoas físicas somaram R$ 5,72 bilhões em abril, divulgou nesta quarta-feira (29) o Tesouro Nacional. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 54,2% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 7.924,18. No período, os resgates somaram R$ 3,51 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 2,20 bilhões.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os
indexados à inflação, o Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais,
Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+, que somaram R$ 3 bilhões em vendas, o que
corresponde a 52,4% do total de títulos vendidos.
Os títulos corrigidos pela Selic (juros básicos da economia),
somaram 38,6% das vendas, totalizando R$ 2,2 bilhões, enquanto os títulos
prefixados, o Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais,
totalizaram R$ 517 milhões, 9% do total.
Segundo o Tesouro, os destaques ficaram para os novos títulos
como o Tesouro RendA+, destinados ao financiamento de aposentadorias com R$
207,6 milhões em vendas, correspondendo a 3,9% do total, e o Tesouro Educa+,
criado em agosto do ano passado e voltado para quem pretende financiar uma
poupança para o ensino superior, que somou R$ 62,1 milhões, correspondendo a
1,2% das vendas.
Nos resgates antecipados, predominaram os títulos indexados à
taxa Selic, que somaram R$ 2,18 bilhões, equivalente a 62% do total de
recompras. Os títulos remunerados por índices de preços, como o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) e
juros semestrais, totalizaram R$ 978,2 milhões, correspondendo a 27,8% do
total. Já os prefixados, somaram R$ 354,3 milhões (10,1%).
Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos
títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que alcançaram 42,2% do total. As
aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 32,8%,
enquanto os títulos com vencimento de 5 a 10 anos corresponderam a 25,1% do
total.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 136,5 bilhões
no fim de abril, aumento de 2,5% em relação ao mês anterior, de R$ 133,3
bilhões.
Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como
os mais representativos do estoque, somando R$ 67,2 bilhões, ou 49,2% do total.
Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 51,1
bilhões (37,4%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 18,2 bilhões, com
13,3% do total.
Quanto ao perfil de vencimento dos títulos em estoque, a
parcela com vencimento em até 1 ano representou 23,6% do total e somou R$ 32,2
bilhões. A parcela do estoque vincendo de 1 a 5 anos foi de R$ 59,5 bilhões, o
equivalente a 43,6%, e o montante acima de 5 anos somou R$ 44,8 bilhões
(32,8%).
Investidores
Em relação ao número de investidores com saldo de aplicações
em abril, o Tesouro Direto atingiu a marca de 2.587.713 pessoas, um aumento de
33.774 investidores no mês. Já o número de investidores cadastrados no programa
aumentou em 343.305, crescimento de 18% em relação a abril de 2023, atingindo a
marca de 28.347.251 pessoas.
“Destaca-se o crescimento da faixa etária de até 15 anos, com
o recente lançamento do Tesouro Educa+. No mês de abril, 3,7% do total de novos
investidores cadastrados estava na faixa etária de até 15 anos, comparado com o
percentual de 1% de investidores nessa mesma faixa etária no total de
investidores cadastrados”, informou o Tesouro.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para
popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir
títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem
intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa
semestral para a B3, que tem a custódia dos títulos.
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