O setor com
o maior número de pessoas ocupadas na indústria brasileira é o de fabricação de
alimentos. Ele é responsável por 22,8% do total de 8,3 milhões de pessoas
empregadas na indústria nacional em 2022. Os dados foram divulgados nesta
quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
na Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa.
A indústria de confecção de artigos do
vestuário e acessórios, com 7%, e a de
fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com 5,9%,
foram os outros segmentos com maior representatividade na quantidade de pessoas
ocupadas.
Indústrias,
fábricas,Confecção Cobra D'agua,Confecção de roupas
Vila velha
(ES) 19.05.2006 - Foto Miguel Ângelo
Indústrias,
fábricas,Confecção Foto Miguel Ângelo -
Miguel Ângelo/CNI/Direitos reservados
Em 2022, o
universo de empresas industriais com uma ou mais pessoas ocupadas totalizou
346,1 mil, abrangendo um total de 8,3 milhões de pessoas. Essas empresas
geraram uma receita líquida de vendas de R$ 6,7 trilhões e um valor de
transformação industrial de R$ 2,5 trilhões, dos quais 89,3% foram provenientes
das Indústrias de transformação.
A
PIA-Empresa registrou 8,3 milhões de pessoas empregadas em 2022, sendo a maior
parte empregada nas Indústrias de transformação, 97,3% do total. Esse
percentual permaneceu estável em relação a 2013, quando 97,5% da mão de obra
estava alocada nas Indústrias de transformação e 2,5%, nas Indústrias
extrativas.
SalárioEm
2022, o salário médio pago na indústria foi de 3,1 salários mínimos (s.m.),
tendo se reduzido em 0,3 s.m. em relação a 2013. Esse decréscimo foi reflexo do
comportamento dos salários médios tanto nas Indústrias extrativas quanto nas
Indústrias de transformação, que tiveram quedas, respectivamente, de 6,3 s.m.
para 5,2 s.m. e de 3,3 s.m. para 3,0 s.m. no mesmo período.
Produto
O IBGE
também divulgou a Pesquisa Industrial Anual - Produto (PIA-Produto). Em 2022,
foram pesquisados cerca de 3.400 produtos e serviços industriais em
aproximadamente 39,8 mil unidades locais industriais distribuídas por mais de
33,1 mil empresas.
No ranking
dos dez principais produtos industriais, óleos brutos de petróleo foi o produto
com a maior receita líquida de vendas na indústria brasileira, com receita de
R$ 274,5 bilhões e participação de 5,3% do total da receita líquida industrial
nacional.
O aumento da
cotação do barril de petróleo contribuiu para este cenário, e fez com que o
produto ganhasse uma posição no ranking. Óleo diesel, por ser um derivado de
petróleo, também foi influenciado pela elevação no seu preço e ocupou a segunda
posição, com receita líquida de vendas de R$ 200 bilhões e participação de 3,9%
no total.
Em seguida,
minérios de ferro (R$ 159,6 bilhões e 3,1% de participação) recuou duas
posições em função da queda nos preços internacionais provocada pela menor
demanda chinesa, ainda impactada por paralisações nas fábricas devido à
covid-19.
Há ainda
carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 114,7 bilhões e 2,2% de
participação); adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK)
(R$ 102,8 bilhões e 2%); gasolina automotiva (R$ 90,3 bilhões e 1,7%); tortas,
bagaços e farelos da extração do óleo de soja (R$ 76,1 bilhões e 1,5%); álcool
etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 67,5 bilhões e
1,3%); óleos combustíveis, exceto diesel (R$ 67 bilhões e 1,3%); e automóveis,
com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada maior que 1.500
cm3 ou menor ou igual a 3.000 cm3 (R$ 60,6 bilhões e 1,2%).
Os dez produtos com as maiores receitas, em conjunto, concentraram 23,4% do valor das vendas em 2022, participação superior à observada em 2021 (22,9%).
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